Os rostos são os mesmos. É um tanto quanto vantajoso, profícuo em mais uma oportunidade, sim, negarmos a nossa própria realidade. Ser contra a redução da maioridade penal é abscindir para com o fato de que nos melhores países do mundo, pois é, a punição tem preâmbulo a partir dos 12 anos; no mais tardar 15 ou 16. Parece que a câmara esqueceu dos 64 mil homicídios por ano no Brasil; número esse superior ao de uma guerra. E vamos parar com esse romantismo burro frisando que não adianta, que temos que priorizar a instrução posto que só ela resolve. Punir, é, antes de tudo, educar. PC do B, PDT, PPS, PSB, PSOL e PT; siglas infames que foram adversas ao projeto de natureza inexorável, eu diria até indelével.
Evidente que não iríamos resolver todos os problemas, mas o prefácio de uma sociedade salutar é a dilaceração da impunidade. É mais um revés para esse país que comporta - ao menos em sua maioria - um povo estúpido e merecedor de tudo que aí está. Uma eleição não é como um Flamengo x Vasco, Atlético x Cruzeiro ou Palmeiras x Corinthians. Ah sim, a área da educação - vale rememorar - foi uma das que mais sofreu cortes financeiros. Em suma, "Não sou pessimista. O mundo é que é péssimo", Saramago. Um povo vendido tem como resultado um congresso auspicioso para com uma nação mefítica. Até aqui, não reduzimos a maioridade penal. Já o cérebro, sim. É isso.
Daniel Muzitano
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