terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Desvios


Breve gente seja dúvida. “A solidão era meu ás de espadas. Precisava dela para engrandecer minha realidade. Eu valorizava de verdade o ócio, era viciante. Estar sozinho comigo era o santuário”, Bukowski.

O mundo sem palavras

Cada palavra redigida, muda um pouco o mundo. Precisamos disso, mais cultura, mais palavras, mais transparência em nossas almas. Nabokov dizia: "A vida é uma grande surpresa. Não vejo por que razão a morte seria uma maior". Mandei uns currículos hoje, fico mal quando os envio. Normalmente são empregos comuns. Me sinto fraco, pequeno. Não sou comum, sou eterno. Infinito como cada palavra que escrevo.

Estou morrendo a cada ar que respiro sem escrever, sem parar a beleza. A tristeza me corrói. É impressionante como o ser humano tende ao restrito, a segmentação do saber. Aos olhos da luz, somos escravos do óbvio, e por assim dizer, do mesquinho. Não criamos nada nas escolas, no trabalho. No Brasil, o ensino é tão ignominio, tão aviltante, que um sujeito passa quase duas décadas na escola sem fazer um poema sequer.

Se formos estabelecer o elo entre Arthur Schopenhauer e Nelson Rodrigues, faz todo sentido a explicação por si só. Não formamos gênios, no máximo talentos. O primeiro disse que talento é quando o atirador atinge o alvo que ninguém consegue, genialidade, é quando o atirador atinge o alvo que ninguém enxerga. O que acarreta em Nelson, quando o mesmo preludia que para um gênio, nascem dez mil imbecis. As escolas com seu peremptório, fazem das habilidades individuais, uma censura coletiva. As venustidades devem ser introjetadas, de modo a enaltecer a dúvida, e a aptidão, de cada todo nosso. 

A bíblia do PT

12 anos de PT, e a estrela tende a "brilhar" por mais outros 12. Essa era uma especificidade do então mensalão, muito discutido todos os dias pelas grandes redes. O curioso é que ninguém, nenhuma mídia sequer, frisa o tópico das eleições. Acredito que boa parte dos eleitores não tem ciência ainda de quem são seus candidatos que virão a concorrer a seus prováveis postos.

Em ano de copa, em ano de julgamento do mensalão e da ascensão dos black blocks, estamos deixando de lado a essência que possibilita todos esses fatores, ou seja, as eleições. O diretor José Padilha, em entrevista ao Roda Viva, célebre programa da Tv Cultura, disse que os black blocks foram cruciais para o fim das manifestações tendo em vista as pessoas comuns. De fato, o simples trabalhador não vai mais pela violência, e pelo comportamento da mídia que equipara a todos os manifestantes, tratando-os com um vil grupo de marginais. Esta aí Sininho com o Freixo, e acredito que até o Paes e o Cabral incitem certas pessoas a quebrarem tudo, para que justamente haja redução no número de pessoas para com as manifestações.

Com tudo isso em pauta, alguém acredita numa improvável derrocada do PT? É um tanto quanto difícil. E digo mais, caso os mensaleiros sejam soltos em breve, e decidam se candidatar, eles obtém um provável e abjeto êxito. Esse típico comportamento religioso que exacerba o sonho, a esperança, o perdão e todos esses fatores, só faz com que a política sórdida se perpetue. Afinal, o mensalão nada mais é que uma bíblia.



Encerrando com Brecht

Sobra a Construção de Obras DuradourasQuanto tempo 
Duram as obras? Tanto 
Quanto o preciso pra ficarem prontas. 
Pois enquanto dão que fazer 
Não ruem. 

Convidando ao esforço 
Compensando a participação 
A sua essência é duradoura enquanto 
Convidam e compensam. 

As úteis 
Pedem homens 
As artísticas 
Têm lugar pra a arte 
As sábias 
Pedem sabedoria 
As destinadas à perfeição 
Mostram lacunas 
As que duram muito 
Estão sempre pra cair 
As planeadas verdadeiramente em grande 
Estão por acabar. 

Incompletas ainda 
Como o muro à espera da hera 
(Esse esteve um dia inacabado 
Há muito tempo, antes de vir a hera, nu!) 
Insustentável ainda 
Como a máquina que se usa 
Embora já não chegue 
Mas promete outra melhor. 
Assim terá de construir-se 
A obra pra durar como 
A máquina cheia de defeitos. 
Daniel Muzitano



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O futebol e a arbitragem


Breve gente seja dúvida. "Sinto que a morte me tem constantemente em suas garras. Não importa o que eu faça, ela está presente em toda parte". Nada mais congênito que preambularmos esta postagem lancinante, com uma opulente citação de Montaigne.

A arbitragem no Brasil

O assunto em questão no que concerne ao futebol brasileiro no último fim de semana, fora marcado pelo lance que resultou na vitória do Flamengo sobre a equipe do Vasco da Gama, em partida válida pela oitava rodada do campeonato carioca.


O lance pessimamente anulado, implicou tão em manifestações enérgicas de torcedores da equipe do Vasco da Gama, evidentemente. A jogada foi clara, e como bem mostrou o replay, a bola entra cerca de 33cm após a linha da baliza. Torcedores cruz maltinos, sacralizaram o clássico dos milhões. Frisaram tais, que o jogo foi comprado, ou que sempre beneficiam a equipe da Gávea, ou mesmo coisas desse patamar.



Na última copa da África, como bem lembrou o jornalista da Espn, Mauro Cezar Pereira, o mundo protagonizou um erro similar numa partida que envolvia os ingleses e os alemães. Na ocasião, a prejudicada Inglaterra, também saiu derrotada, bem como a equipe de São Januário. Será que existe uma conspiração em prol do Flamengo? Nunca, jamais o clube foi prejudicado? Eu já vi em vídeos, o Flamengo levar um gol do Botafogo marcado pelo ex jogador Maurício, que por sua vez, cometera uma falta escandalosa. Como bem vi, no carioca de 2007, o juiz prejudicar o alvinegro contra o mesmo Flamengo. Num Fla-Flu, Assis já fez um gol impedido em plena final. Até como, também já vi o Flamengo ser extremamente prejudicado numa libertadores contra o defensor do Uruguai.

Existem juízes ladrões, é claro que sim. O Edílson Pereira de Carvalho serve como exemplo. Mas será que há mais ladrões? Ou eles são ruins mesmo? Já citei partidas de anos atrás. Creio que houve sim um exacerbamento no que tange a quantidade de erros. O ritmo de jogo hoje, é bem mais rápido.

O debate sobre arbitragem é um assunto muito mais complexo. Penso que todos são de concórdia, quando friso que o futebol hoje é bem mais corrido. E se ele mudou, a arbitragem tem que mudar. Que mudanças as federações conceberam as arbitragens?

Sabemos que um árbitro ganha por jogo, pois o seu trabalho, não é regularizado. Caso ele venha a errar; como errou o árbitro no jogo dos milhões, ele é afastado, ou pior, rebaixado para apitar jogos menores. E por conseguinte, irá ganhar menos. Um juiz de futebol, por obrigação, deve ter acompanhamento médico, e testes amiúdes para com sua visão. Será que isso é acatado? O único teste físico ocorre de três em três meses, donde o "trabalhador", deve percorrer tantas voltas em torno do estádio em tempo determinado; e sequer verificam se ele está dopado ou não nesse respectivo exame.

Com tudo o que ressaltei, alguém acredita que um juiz de futebol irá se resguardar apenas a essa profissão? Claro que não. Todos ou quase todos, exercem outro tipo de atividade. E se alguém não se dedica 100% a uma coisa, a probabilidade do erro é bem maior. Enquanto tratarem o árbitro como amador, a arbitragem será amadora. A esses torcedores que jogam malquerenças, e incitam possíveis corrupções dentro dos bastidores. Entendo o fanatismo de vocês, mas, vou presenciá-los com um recadinho de um amigo alemão que tem o codinome por Nietzsche. "O fanatismo, é a única forma de força acessível aos fracos".

Muito obrigado,

Daniel Muzitano.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O tráfico de vidas


Breve gente seja dúvida. A gente sabe que a música começa onde a fala não é capaz de expressar, a música é feita para o inexprimível. Quem disse isso? Claude Debussy. Nada mais. Que beleza.

As folias do prefeito

Sem um projeto relevante para com a área da educação em cerca de 6 anos de governo. O atual prefeito da cidade maravilhosa, Eduardo Paes, é um desenho emblemático de como será o comportamento da nova geração de políticos. A formação de uma polícia sem preparo, o desamparo do diálogo no que se concerne a relação povo e estado, e todo o possível e o impossível, independente da linha de raciocínio ideológica, para se perpetuar e dar uma continuidade a um autoritarismo sem fim.

Não vejo mérito algum até o prezado instante em seu mandato. Poucas especificidades são dignas de aplauso, como por exemplo, a instauração e recuperação do centro cultural João Nogueira, no Méier. Todavia, muito pouco como agregação cultural, menos ainda educacional. Paes muda de conduta partidária de forma impressionante, não move um dedo para com o estupro que se comete aqui para com estádios e eventos, e mata, e como mata. Paes é um retrato do rosto da barbárie, e a tendência é apenas piorar. Mas quem liga? Ele não liga. Seu mundo é repleto de folia.


O tráfico de órgãos

Segundo o brasileiro Paulo Pavesi, existe desde a década de 80, um grave acontecimento financiado pelo governo, no que refere ao tráfico de órgãos. O procedimento implica tão em não fazer esforço algum para salvar vidas de pessoas comuns.

O esquema: Se uma pessoa sofre um grave acidente, o objetivo é deixá-la morrer para que ocorra o tráfico de órgãos. Há uma fila de famílias com alto poder aquisitivo que pagam por fora, para obter esses órgãos. E naturalmente, famílias de políticos e afins. Ou seja, são sacrificados milhares de corpos e milhares de vidas, para se formar o esqueleto de um rico em recuperação. Com isso, há o controle do governo de quem vive e quem morre, e um lucro em comércio ilegal.

Está explicado o porquê do doador não ter ciência de quem de fato, ele está a salvar. Para ter um apanhado melhor sobre o tema, confira o brilhante hangout elaborado pelo Lobão:


Período Edo no Brasil

O período Edo fora implementando no Japão há décadas atrás. Marcas como suzuki, yamaha, dentre outras, nada mais eram que famílias que comandavam as regiões por todo país. E o que acontece no Brasil? Veja a família Sarney no Maranhão, a família Neves em Minas Gerais. Se formos contemplar, cada ponto do Brasil hoje, possui uma família no comando.

Mesmo algumas sendo de oposição, portanto, de esquerdas divergentes, a política do silêncio é a que impera. Uma família não denuncia a outra, para que todas continuem exercendo seus interesses. Qual foi a última vez que outro partido que não o dos tucanos, elegeu um governador na cidade de São Paulo? Há quanto tempo o pmdb domina o Rj? Há uma perspectiva disso se expandir em regiões donde não havia, e agora há. Essa política do silêncio, se limitava a poucos lugares, contudo, estamos caminhando para essa degeneração. A presidência com seus 12 anos de Pt é outro bom exemplo.

O resultado da prática é o autoritarismo, o relaxamento, a não busca (............) sem contar a troca de favores e o auto estímulo que prima a corrupção. E não vamos fazer nada porque estamos ocupados vendo o capítulo da novela na globo. Emissora que por sua vez, lidera essa prática há anos. Já ouviram falar da família Marinho? Pois é. Ela está no poder há mais de 50 anos. E não podemos ignorar isso, pois já promulgava o grande Carlos Pena Filho, o quanto perco em luz, conquisto em sombra. Boa tarde.

Daniel Muzitano

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A dificuldade de ser escritor


Breve gente seja dúvida. A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo, Maiakovski.

A dificuldade de ser escritor

Se formos analisar e contemplar como terminaram os maiores escritores do mundo, chegaremos a luzidio conclusão de que ser escritor, é antes de mais nada um desafio. Só para citar alguns exemplos: Shakespeare adquiriu para consigo uma febre forte decorrente de uma graúda embriaguez. Também no campo do álcool, estão inseridos Bukowski e Fernando Pessoa. Já no campo do suicídio, Maiakovski e Hemingway. Sem contar o tão versado Nietzsche, que faleceu num manicômio, assim como Artaud. Claro que existem grandes escritores que tiveram melhor sorte, e consequentemente, uma morte menos trágica. No entanto, você há de convir que tais, não passam de exceções da regra, afinal, a grande maioria foi tomada pela rédea da insanidade.

Averiguando não apenas o fim, mas o processo de vida. Todos tiveram uma dificuldade incomplacente no que tange ao simples fato de escrever e obter algum brilhareco em reconhecimento. Ainda hoje, mesmo com todo aparato dos tempos modernos, nota-se uma tamanha veemência para não formar uma doutrina de escritores, ou uma escola literária por assim dizer.

No Brasil, os considerados escritores que mais vendem, denominam-se por Paulo Coelho, Cortella e Ausgusto Cury. Todos que tem como especificidade impor respostas e certezas, e dilacerar a crítica e a dúvida. Fora que ambos sabem lidar com o fator religioso, donde jamais discordam. Todos são inócuos, por isso, conservadores.

Uma criança emana hoje com cerca de 90% de chance de fazer parte de uma família religiosa. Logo, ela se apoderá com a linguagem de um auto ajuda; aspecto similar ao de qualquer dogma. Aí, posteriormente, ela se depara com Sócrates, Platão e Aristóteles no contexto da filosofia. Seus professores irão preludiar que os três são as referências desse inaudito campo filosófico. Na língua portuguesa, vão massacrá-la com Lima Barreto, Cruz e Souza e Machado de Assis; de modo com que o formato desestimula a vontade da criança de buscar o saber do pensamento.

E como a criança só teve respostas, não entende o que se passa durante sua formação. É tudo demasiado túrbido. Se essa, ainda tiver problemas para se relacionar com a família, ou mesmo, com terceiros, aí sim a coisa se agrava. Tudo que estou abordando, aconteceu mais ou menos comigo. Só passei a escrever, ao término de 2008, quando me deparei com Nietzsche na faculdade. Primeiramente o estudei, para depois redigir algo. Faz todo sentido a frase de Henry Miller, ninguém é escritor a não ser que tenha sofrido.

O impressionante é que você passa quase duas décadas dentro de uma escola, sem escrever um poema, sem ouvir uma música, e sem sequer escrever um único pensamento próprio. Claro que sempre questionei as coisas sem ter motivo, mas graças a isso, não me fiz refém de nenhuma certeza religiosa. E por conseguinte, a literatura acabou me escolhendo. E mesmo quando há essa descoberta, a área da escrita se faz impenetrável, a não ser que você tenha uma fonte dentro dela. E caso tenha, você deve se submeter a essa, de modo que se descaracteriza como escritor. A saída passa a ser apenas uma, arrumar um emprego pífio, e continuar escrevendo de modo que haja uma grande ostentação da massa no que se concerne a teus textos; algo quase que impossível por todas essas razões já apontadas.

Você fica deprimido, pensa às vezes em suicídio. Mas tenta se recuperar a cada verso. Pela madrugada, tive a audácia de escrever um poema, baseado em tudo que abordei nesse respectivo post. Segue tal abaixo:

Perda

Duas horas da manhã, estou cansado,
coração bate frio, rosto calado.
Olho as paredes, 
e nada enxergo ao redor.

Estou morto, 
preso aos amores do passado.
Estou sem mim, só neste quarto,
pensando na luta contra o mundo amanhã.

Fico pensando sobre o relógio do tempo,
o que ficará de mim, em meu pensamento.
A mazela da obra,
da ópera.

A tristeza talvez seja o ponto de equilíbrio,
a dor da alma, 
a elevação do delírio.
Dois rios maiores de insensatez.

Ser escritor, é duelar contra o suicídio toda vez que se está só. Escrever, é pausar dez infinitos de escuridão, gritar contra o mundo que não lhe dá ouvido, para que no futuro eu não seja esquecido, e para que um menino, queira ser escritor.

Daniel Muzitano.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A semana


Breve gente seja dúvida. A gente sabe que construir é gerar universos que calam a igualdade, fazendo de cada um, vários. E não fazendo de todos, um. É como dizia Dostoiévski: "Chorar e sofrer significa viver".



Mais uma vez a dona globo

Muitos acompanharam as manifestações ocorridas na última quinta feira contra o aumento da passagem de ônibus, e por conseguinte, o incidente que envolveu o cinegrafista da rede bandeirantes, tido como Santiago. Eram dois os elementos envolvidos no crime que atingiu a cabeça do câmera, e que advindo disso, o colocou entre a vida e a morte até o prezado momento. Um deles já se entregou, o tal de Fábio Raposo.

Raposo concedeu entrevista à globo news onde explica toda a história. No mesmo instante, a globo coloca como tira a seguinte chamada: "Black Bloc confessa que repassou instrumento que atingiu o cinegrafista Santiago". O cara realmente faz parte do black bloc? Foram de uma destreza na hora da avaliação. A globo é sim a justiça do país. Ela determina o que irá ocorrer na vida das pessoas, quando tais, viram um fato público. O que é lamentável.

O impressionante e extremamente curioso, foi o comportamento do repórter da globo. Ao invés de socorrer o amigo de profissão gravemente ferido, ignorou o fato, e continuou filmando aquilo. A culpa é dele? Óbvio que não. O que aconteceria se ele tivesse socorrido e não tivesse registrado aquele momento? Rua. E sejamos justos, não é apenas a globo que pratica esse tipo de ato. Vale mais a manchete do jornal, a vida de um sujeito. E convenhamos, o Santiago estava sujeito ao acontecimento, a profissão é de risco. Eu não tenho pena alguma, mas é claro, o crime deve ser investigado. E o provável culpado de calça jeans, punido.

De direita

As esquerdas são fábricas que desenham uma realidade na qual não existe. E por isso se dizem de direita. Obtém um plano relevante, incitando que quem faz parte da direita, está interligado a uma possível ditadura. Como se só existissem esses dois planos. 

Sinônimos não são razões iguais. É como Nietzsche frisava, não existem fatos, e sim, interpretações. Se você faz parte da plebe, tem que ser muito burro para achar que não há uma corrupção política, midiática e educacional, com o intuito de nos fazer de uma simples e constante repetição, no que tange o não crescimento e a não construção de cada um de nós.

No mundo da esquerda, poucos possuem luz própria. Mas essa esquerda é inteligente, tão que chega a tal modo de conceber a discussão como um simples fator econômico. É como se não houvesse algo além disso.

Construir é gerar universos que calam a igualdade, fazendo de cada um, vários. E não fazendo de todos, um.




 Teatro no Rio de Janeiro

Neste fim de semana, mais especificamente na última sexta feira, estive no teatro Leblon acompanhando a peça que revela a vida da magna cantora de ópera, Maria Callas. Protagonizada por Silvia Pfeifer e por Cássio Reis, com texto de Fernando Duarte e direção de Marília Pêra. O espetáculo traz à tona discussões sobre a vida na sua unidade indizível, um apanhado sobre a história da ópera, fora outros temas de extrema preponderância.

O que me deixa estupefato, é o teatro. Na zona norte, as peças são sempre piores; são cômicas fazendo alusão a uma comédia inválida, sórdida por assim dizer.  Já no Leblon, donde residem os grandes atores, o teatro é de suma opulência. Culpa de quem exerce? Culpa de quem está a frente? Culpa de quem se alimenta de porcaria. Se a zona norte cessar de consumir porcaria, eles repensam o teatro. Vale também para a Tv. A maior pobreza está presente no cérebro daqueles que passam fome intelectual. "Viver significa lutar",Sêneca.
   
Daniel Muzitano.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

As delações contra a esquerda e a imaturidade de algumas mulheres.


Breve gente seja dúvida. "Não há ninguém mais bobo do que um esquerdista sincero. Apenas aceita o que meia dúzia de imbecis lhe dão para dizer", Nelson Rodrigues.

As delações

Nesta última segunda, o programa roda viva da Tv Cultura, recebeu o ex secretário de justiça nacional do governo Lula, Romeu Tuma Junior. Esse que por sua vez, autor do livro, "Assassinato de reputações".

Dentre as várias denúncias feitas ao ex presidente da república e sua cúpula. Estão o assassinato do ex prefeito de Santo André, Celso Daniel, e o Lula que até então seria um informante do DOPS. No caso da primeira, já fora abordada também no livro, "O chefe", de Ivo Patarra.

Existem outras séries de arguições, todavia, destaco essas por julgar tais mais importantes. Dops, para quem não tem ciência do que se trata, é o departamento de ordem política e social, ou seja, um departamento cujo objetivo é controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder. 

Se bem analisarmos e indagarmos, o Dops é um complemento do que se esboçou como mensalão. Tão logo, uma ditadura partidária que visava fazer do PT, uma perpetuação no poder. Constância que de tal modo, não se encerra. É bom tomarmos tenência, e não deixarmos esse processo se tornar contínuo, ainda que já fora. 

Acompanhe a entrevista abaixo e tire suas próprias conclusões. E como sempre, tudo acaba em pizza. 


Tuma Junior promete outro livro abordando melhor o Lula no DOPS.

A imaturidade de algumas mulheres

Lendo e relendo o texto, a genética condiciona a felicidade, do nosso magno Nietzsche. Pude contemplar um comportamento pífio e imaturo de muitas mulheres que cercam esta tão afanosa vida que levo.

O alemão ressalta que vemos a felicidade como algo além das montanhas. E que por assim dizer, somos incapacitados de entender que a felicidade se baseia em momentos, e não em eras. Logo, não existe a felicidade, mas sim, os momentos felizes. Nietzsche designa esse tipo de comportamento como algo de responsabilidade inteiramente peremptória.

Ao invés de termos os ditos momentos felizes, rezamos. E no ato da reza, sonhamos com algo impossível, portanto, a felicidade. Nesta aprazível semana, conversando com algumas mulheres nas quais eu pretendia bons relacionamentos, notei essa imensa, esse vasto processo árduo de depreender algo que me parece tão simples.

A imaturidade delas está situada no simples fato de não conseguir levar adiante por exemplo, uma amizade que envolva sexo. Algo para mim tão congênito e trivial. Esta especificidade dogmática chamada casamento, é a ideia cujo faz de algumas mulheres imaturas, vítimas de uma abjeta ilusão.

Uma relação, penso eu, implica tão em realizar acordos. E de forma bastante imatura, cerca de 95% das mulheres nas quais me relaciono, querem essa era eterna de felicidade, quando não aceitam que hoje a condição normal da vida, é justamente se adequar aos momentos felizes, e não a escravidão. O casamento hoje não tem espaço mais para dois seres num mesmo lugar, e sim, dois seres em lugares diferentes com constante saudade, visando vociferar momentos felizes, e não a felicidade. Em suma, faltam as mulheres dilacerarem a bíblia e lerem mais o tão inteligível, e de natureza inexorável, Friedrich Nietzsche. Mulheres, a amizade é o órgão que une dois projetos semânticos, de modo a realizarem momentos felizes, e não a felicidade.

Daniel Muzitano. 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A vida é cultura.


Breve gente seja dúvida. De preâmbulo, algo que nos interessa bastante, o jornalismo, mais especificamente a tv brasileira e mundial. A gente sabe, bem como Nelson Rodrigues sabia, que só o inimigo nunca trai.

As Tvs

Uma pesquisa mundial realizada pela BBC em 14 países, apontou a Tv Cultura como a segunda melhor emissora do mundo em qualidade, e a primeira do Brasil. Diferentemente da dona Rede Globo que ocupou apenas o 28 º lugar, a cultura propicia programas com ênfase em filosofia, música e literatura. Os filmes e as séries passados na Tv Cultura, apresentam uma faculdade inteligível e de primeira instância. Até a rede de programação infantil é de opulente significação. 

A Tv cultura não se limita a novelas e a um jornalismo governamental em toda a sua programação. A mesma não é também refém da burrice e da apelação sexual. Não existe essa palhaçada de dar valor a suntuosidade sexual, tanto entre homem e mulher, como agora entre pessoas do mesmo sexo em novelas. 
A globo possui o único e inteiro objetivo de impedir o raciocínio do telespectador. Não existe um programa sequer na globo, que agregue valor ao saber. Talvez a exceção seja o Jô, e nada além disso. O curioso é que isso é claramente feito com tal propósito. O então Boni, um dos chefes da tão poderosa Globo, assumiu em entrevista, que quem faz a verdadeira televisão é a Tv Cultura. A cultura não mente, até que provem o contrário, em pesquisas que envolvem eleições presidenciais. Confiram o vídeo:


Uma emissora com quase que 80% da programação destinada ao jornalismo, não pode ter boa intenção sobre hipótese alguma. Relembre Boni confessando a manipulação na eleição em que o Collor se sagrou vitorioso. Confiram abaixo o que a Tv cultura não faz:


E nada acontece. Este é o nosso país. Se fizeram uma vez, gostaria de saber o porquê de não repetir tal ato outras vezes? A globo deveria estar morta depois dessa injúria.

Entendam melhor a pesquisa que a Tv Cultura obteve êxito.

Fonte: http://cmais.com.br/pesquisa

O programa do governo

Como todos nós já temos ciência, as passagens na cidade maravilhosa terão aumento a partir do dia 8 de fevereiro deste tão 2014. E claro que isso advém do aumento do preço da gasolina ao fim do ano passado. Parece que o nosso prefeito, como também nosso governador, não entenderam o sentido das tão famosas manifestações que ocorreram ano passado. 

Pássaros chegam a afirmar que existe um projeto de financiamento de hackers com o intuito de impedir encontros de manifestantes mediante as redes sociais. Tais também seriam estimulados a dilacerar perfis de pessoas tidas como perigosas pelo governo. O programa já teria um nome chamado MR( Manipulação de rede). 

E obviamente, tanto a primeira matéria deste vil blog, como essa que vos fala, jamais, sob hipótese alguma, tomará conta da telinha da dona globo. É o que bem frisei, é esse jornalismo governamental o insipiente de nossas almas. 

Para elaborar a consecução desse post, minha homenagem a vida, e não a morte; como bem pratica a globo, ao nosso excelente ator e diretor Philip Seymour Hoffman, que faleceu ontem aos 46 anos.


A vida

Philip Seymour Hoffman poderia ter sido um personagem de Shakespeare, talvez, e como bem, poderia ter dirigido um personagem do mesmo. Em termos de interpretação, Philip era o inverossímil, a reviravolta de Nelson Rodrigues. Infelizmente, aqui no Brasil por ventura, o mesmo tinha olhares pequenos diante do que era, e mais ainda, do que sempre será.

É triste e deplorável o comportamento da mídia mundial no que se concerne a Philip. Não é só uma particularidade da dona globo, ficar alimentando e fortificando a possível causa da morte, no caso, uma provável overdose de heroína. Não foi a morte dele que o fez, e sim, a sua genialidade marcada pelo realçar de um teatro semântico extremamente primoroso.

Eu era fã de Philip, apesar de não saber e às vezes até esquecer seu nome. Mas, como bem promulgava Saramago, nós somos uma coisa sem nome. E o palco, esse sim sentirá a sua falta, e jamais o esquecerá. Para essa mídia inepta, fica mais uma vez uma das minhas melhores frases. O que importa não é a causa da morte, mas sim, a causa da vida. Continue exercendo o que sempre exerceu; interpretando vidas, e fazendo dessas, algo de extremo infinito.
Philip, vários teatros dentro de uma só vida.   

Daniel Muzitano