segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A semana


Breve gente seja dúvida. A gente sabe que construir é gerar universos que calam a igualdade, fazendo de cada um, vários. E não fazendo de todos, um. É como dizia Dostoiévski: "Chorar e sofrer significa viver".



Mais uma vez a dona globo

Muitos acompanharam as manifestações ocorridas na última quinta feira contra o aumento da passagem de ônibus, e por conseguinte, o incidente que envolveu o cinegrafista da rede bandeirantes, tido como Santiago. Eram dois os elementos envolvidos no crime que atingiu a cabeça do câmera, e que advindo disso, o colocou entre a vida e a morte até o prezado momento. Um deles já se entregou, o tal de Fábio Raposo.

Raposo concedeu entrevista à globo news onde explica toda a história. No mesmo instante, a globo coloca como tira a seguinte chamada: "Black Bloc confessa que repassou instrumento que atingiu o cinegrafista Santiago". O cara realmente faz parte do black bloc? Foram de uma destreza na hora da avaliação. A globo é sim a justiça do país. Ela determina o que irá ocorrer na vida das pessoas, quando tais, viram um fato público. O que é lamentável.

O impressionante e extremamente curioso, foi o comportamento do repórter da globo. Ao invés de socorrer o amigo de profissão gravemente ferido, ignorou o fato, e continuou filmando aquilo. A culpa é dele? Óbvio que não. O que aconteceria se ele tivesse socorrido e não tivesse registrado aquele momento? Rua. E sejamos justos, não é apenas a globo que pratica esse tipo de ato. Vale mais a manchete do jornal, a vida de um sujeito. E convenhamos, o Santiago estava sujeito ao acontecimento, a profissão é de risco. Eu não tenho pena alguma, mas é claro, o crime deve ser investigado. E o provável culpado de calça jeans, punido.

De direita

As esquerdas são fábricas que desenham uma realidade na qual não existe. E por isso se dizem de direita. Obtém um plano relevante, incitando que quem faz parte da direita, está interligado a uma possível ditadura. Como se só existissem esses dois planos. 

Sinônimos não são razões iguais. É como Nietzsche frisava, não existem fatos, e sim, interpretações. Se você faz parte da plebe, tem que ser muito burro para achar que não há uma corrupção política, midiática e educacional, com o intuito de nos fazer de uma simples e constante repetição, no que tange o não crescimento e a não construção de cada um de nós.

No mundo da esquerda, poucos possuem luz própria. Mas essa esquerda é inteligente, tão que chega a tal modo de conceber a discussão como um simples fator econômico. É como se não houvesse algo além disso.

Construir é gerar universos que calam a igualdade, fazendo de cada um, vários. E não fazendo de todos, um.




 Teatro no Rio de Janeiro

Neste fim de semana, mais especificamente na última sexta feira, estive no teatro Leblon acompanhando a peça que revela a vida da magna cantora de ópera, Maria Callas. Protagonizada por Silvia Pfeifer e por Cássio Reis, com texto de Fernando Duarte e direção de Marília Pêra. O espetáculo traz à tona discussões sobre a vida na sua unidade indizível, um apanhado sobre a história da ópera, fora outros temas de extrema preponderância.

O que me deixa estupefato, é o teatro. Na zona norte, as peças são sempre piores; são cômicas fazendo alusão a uma comédia inválida, sórdida por assim dizer.  Já no Leblon, donde residem os grandes atores, o teatro é de suma opulência. Culpa de quem exerce? Culpa de quem está a frente? Culpa de quem se alimenta de porcaria. Se a zona norte cessar de consumir porcaria, eles repensam o teatro. Vale também para a Tv. A maior pobreza está presente no cérebro daqueles que passam fome intelectual. "Viver significa lutar",Sêneca.
   
Daniel Muzitano.

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