segunda-feira, 20 de abril de 2020

O farisaísmo dos sócios da quarentena

Pretexto por agora de ociosos tantos, a quarentena, em seu propósito inicial, bem continha o discurso piegas de que preservava a vida e o bem-estar da população. Eis senão quando, hoje bem a vejo que muitos a tratam como um sinônimo parvo de férias, uma espécie de seguro-desemprego absolutamente descabido, e que muito me deixa espaventado e exasperado.
De mais a mais, o suposto bem-estar e a suposta preservação da saúde, considerando notícias de bancarrota de grandes empresas, demissões em massa, desculpa para soltar bandidos etc, não mais são lógicos. Não por acaso, o latim tem a expressão lata culpa, que remonta à acepção de negligência excessiva, por sua vez solevantando que a irresponsabilidade dos sócios da quarentena será nitidamente cara.
Por fim, no transitar dos tempos, di-lo-ei que achei meu propósito de vida, portanto, as correções, as transcrições, as aulas: quefazeres que hoje, devido à realidade produzida pelos sócios do terror, não mais fazem parte do meu vezo. Em suma, antes alguns mortos de corona a todos de fome. Com isso, precisamos trabalhar e enfim mostrar a indignação aos falsários de plantão.
Daniel Muzitano