tag:blogger.com,1999:blog-42286959593916305822024-03-21T19:43:53.441-03:00Caneta da CulturaPor Daniel MuzitanoDaniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.comBlogger366125tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-1260119927198624482022-12-11T09:02:00.005-03:002022-12-11T09:04:01.198-03:00A corte de manés<p class="reader-text-block__paragraph" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-size: var(--font-size-large); line-height: 3.2rem; margin: 3.2rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFGrQEzToDmp-nH3u0oGBg1XfNDs6Wnjgas9GKGBEvvWiqfrHlWCVSlopOkHCkC6Uo-phJN6ZtOfAZVf2JiMeVCf_edL_ssThsVuLT7Vz4lLJMP5I5IH5dq2R9niFyXMNgvEJtyoYSXsJAUPV1G0oHB99sDnzP1avlSpsxi9dCdEYwAdENTdpd__Ic1A/s1600/318466317_1127241221326725_1542138700743986152_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFGrQEzToDmp-nH3u0oGBg1XfNDs6Wnjgas9GKGBEvvWiqfrHlWCVSlopOkHCkC6Uo-phJN6ZtOfAZVf2JiMeVCf_edL_ssThsVuLT7Vz4lLJMP5I5IH5dq2R9niFyXMNgvEJtyoYSXsJAUPV1G0oHB99sDnzP1avlSpsxi9dCdEYwAdENTdpd__Ic1A/s320/318466317_1127241221326725_1542138700743986152_n.jpg" width="144" /></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: var(--font-size-large);">Na tarde de ontem, precisamente no ínterim de um café e doutro, tomei conhecimento do propósito bocório dos membros do TSE, qual seja, banir um sem-número de palavras e de expressões que, aos olhos do grupo, possuem origem racista. Antes de tudo, vale lembrar acá de que o TSE e o STF são acrônimos iguais, pois os personagens são os mesmos. Sem embargo, vamos à questão iracunda.</span><div><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit;">A bem da lógica, afirmo que nem uma palavra sequer é racista, e sim sua aplicação e seu tom. Grosso modo, posso chamar uma mulher de "neguinha" sendo extremamente carinhoso ou sobremaneira racista. Ou seja, o TSE não tem por intento combater o racismo, mas sim controlar a sociedade, em vista de que o fito é lançar uma adaptação do dicionário Novilíngua, presente na obra 1984, cuja autoria é de George Orwell.</span></div><div><span style="background-color: white; background: var(--artdeco-reset-base-background-transparent); border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit; font-size: 0.975em; font-style: var(--artdeco-reset-typography-font-style-italic); margin: var(--artdeco-reset-base-margin-zero); outline: var(--artdeco-reset-base-outline-zero); padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><br /></span></div><div><span style="background-color: white; background: var(--artdeco-reset-base-background-transparent); border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit; font-size: 0.975em; font-style: var(--artdeco-reset-typography-font-style-italic); margin: var(--artdeco-reset-base-margin-zero); outline: var(--artdeco-reset-base-outline-zero); padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);">Opere citato</span><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit;">, há um partido único que exclui ou ressignifica vocábulos, de acordo com as políticas ditatoriais de seu respectivo interesse. Afora o fato, isso trazia ao idioma uma pobreza vocabular, e, cá entre nós, os termos evoluem, perdem seus sentidos originais e pouquíssimos no Brasil têm ciência da procedência de qualquer palavra. Por exemplo, "mulata" vem de mula. Hodiernamente, alguém usa esse substantivo ou adjetivo fazendo alusão a uma mula?</span></div><div><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit;">Em suma, ainda cito um fato que comprova que os cérebros dos ministros do STF são de somenos. Infelizmente, todos eles são depauperados intelectualmente, sobretudo os senhores Alexandre de Moraes e Barroso, uma vez que tudo que abordo aqui é um bê-á-bá acadêmico. Ademais, o próprio Barroso, que já foi advogado de terrorista (Cesare Battisti) e amigo íntimo de estuprador (João de Deus), em sua célebre frase "Perdeu, mané", apropria-se de um preconceito etimológico. Afinal, "mané" advém de "Manoel", que gerou "Manel", evoluindo, por sua vez, para "mané".</span></div><div><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit;">Portanto, está caracterizado um preconceito contra o povo português de modo geral, simbolizado na figura do nome próprio "Manoel". Aos que não sabem, "mané" vai ao encontro de "pessoa tola". Por fim, os senhores ministros deveriam arrumar o que fazer, em vez de brincarem de verdade ou consequência, inventando leis pueris para perseguir pessoas que nada fizeram. Um abraço à corte dos manés, aos pascácios da toga.</span></div><div><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="background-color: white; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span></div>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-28128886330838618282021-11-30T19:32:00.003-03:002021-11-30T19:34:42.393-03:00O estilo do idioma francês <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigcVRgjxT4lTK1q8XBzWpXwN91o84FCDojkHOjV7WMOyA3TQZPcxJFz9QreZ9cQSidnSNrHqPgG0fou6XVTyr8ylBhDU4FSFrONuHKDVeAGQCmjE_J6XAb0X_XvMcrcEszH2DbhX7vHUmY/s640/13557845_1223522437666904_5445401693919615697_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigcVRgjxT4lTK1q8XBzWpXwN91o84FCDojkHOjV7WMOyA3TQZPcxJFz9QreZ9cQSidnSNrHqPgG0fou6XVTyr8ylBhDU4FSFrONuHKDVeAGQCmjE_J6XAb0X_XvMcrcEszH2DbhX7vHUmY/w376-h282/13557845_1223522437666904_5445401693919615697_n.jpg" width="376" /></a></div><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Ultimamente, respeitando e concebendo primazia aos meus ouvidos, estou por escutar e esquadrinhar o fulgor da música francesa, mormente viva nas vozes irreprocháveis de Aznavour, Dalida, Joe Dassin, Édith Piaf, dentre outros de essência escorreita. E, vis-à-vis tais traços culturais, notei que o idioma francês está, por assim dizer, coadunado sobremodo com a etimologia. </span></p><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Antes de chegar à essência do assunto, há uma miríade de palavras com procedência francesa, e, para fins de curiosidade, citá-lo-emos algumas, como, <i>exempli gratia</i>, garçom, vôlei, balé, boate, abajur, réveillon, couvert, champanhe, bufê, champignon, fetiche e por aí vai. O galicismo é infindável.</span></p><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Feitas as aspas, chamou-me atenção o que o francês esteve por fazer com a origem do termo estilo. Robustecendo o assunto, estilo deriva do<span style="background-color: white; white-space: pre-wrap;"> latim <i>stilu</i>, ou seja, ponteiro de ferro com o qual os antigos gregos </span><span style="background-color: white; white-space: pre-wrap;">e romanos escreviam sobre tabuinhas enceradas. In limine litis, pela ação de redigir, ter estilo designava a forma como você escrevia nessas tabuinhas. Por esse porquê, caneta em francês é <i>stylo</i>. E estilo, <i>style</i>. O idioma francês, com sua genialidade, apropinquou-se da etimologia, mantendo a relação dessas expressões, e, claro, suas respectivas raízes. Belo estilo! </span></span></p><p><span style="background-color: white; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Daniel Muzitano </span></span></p><p><br /></p>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-1724235081928745442021-09-24T12:10:00.000-03:002021-09-24T12:10:38.390-03:00Mátria é a mãe<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkMu-65w6RHx3L_hD1pYpUxGF8LwH0zvxrPjR5Bhe2LOa8jZkV89b0yoolPJGcXFo79iOjkkgymSShmGHiX5tT37tzCTbH_ojdrLUIlt3BYALSzRHCVzI9jW5FKWxjd48AgaCZvv5HEKnb/s800/241573422_4318165778266654_4512397261774456505_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="360" height="469" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkMu-65w6RHx3L_hD1pYpUxGF8LwH0zvxrPjR5Bhe2LOa8jZkV89b0yoolPJGcXFo79iOjkkgymSShmGHiX5tT37tzCTbH_ojdrLUIlt3BYALSzRHCVzI9jW5FKWxjd48AgaCZvv5HEKnb/w277-h469/241573422_4318165778266654_4512397261774456505_n.jpg" width="277" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: left;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: left;">Para gáudio dos que pensam, cá estou em nova oportunidade, desafiando o papel em branco, como soía outrora ocorrer. Neste então, abordá-lo-emos o registro desnecessário da palavra "mátria" em quase todos os dicionários, inclusive o da Academia Brasileira de Letras, vejam vocês. Neste comenos, o ponto de partida será a conceituação do respeitado Priberam, a fim de depreendermos melhor o que se passa na inserção desse termo: "</span><span class="word_wrap" style="background-color: white; text-align: left;"><span class="word" style="cursor: pointer;">Designação</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">dada</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">à</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">pátria</span>, <span class="word" style="cursor: pointer;">numa</span> </span><span class="varpb" style="background-color: white; display: inline; text-align: left;"><pb>perspectiva</pb></span><span class="word_wrap" style="background-color: white; text-align: left;"> <span class="word" style="cursor: pointer;">feminina</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">ou</span> <span class="word" style="cursor: pointer;">feminista". Dessarte, nota-se que o surgimento do substantivo e sua definição atendem a uma predileção político-ideológica; não passando, portanto, pelo trâmite natural da língua. Sem prejuízo dos fatos, o caminho para uma promulgação léxica, insofismavelmente, passa pela consolidação da fala popular, menoscabada por todos e pelo então Caetano Veloso; inventor, ao que parece, dessa construção. </span></span></span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;"><span>Nos atendo ao<i> Novilíngua</i> de 1984, de autoria de George Orwell, tem-se aí um exemplo claro de controlar a massa. Com isso, é bem óbvio que certos registros visam atender a um intento político, da mesma forma que algumas mudanças de acepção em expressões já existentes. Minudenciando um pouco o caso de mátria, eclode para confrontar um machismo inexistente que, aos olhos de um grupo, se faz atuante em pátria, por ter advindo do latim <i>pater</i>, logo, pai. Pátria, aos </span></span><span style="line-height: 107%;"><span><i>enfants gâtés, </i>possui uma espécie de relação metonímica com a noção de pai, em prol da ideia de origem. Ao mencionar que leio Nelson Rodrigues, <i>verbi gratia</i>, uso o personagem para ressaltar que estou lendo seu livro. Ao frisar pátria, usufruo a lógica de pai, com o intuito outro de eu fazer referência ao sentido de nascimento. </span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Além disso, na perspectiva mesma do machismo, pátria é substantivo feminino, ainda que venha de pai, ou não é? No mais, a turma estapafúrdia vislumbra na classe gramatical, isto é, das palavras, a classe sexual. A mátria, como outros exemplos, é a prova ululante do baixo nível de nossos intelectuais, que parecem ociosos, sobretudo na tentativa de verem pelo em ovo. Não há aspecto mais lamentável do que um senhor, em seus quase 80 anos, não ter atingido ainda o mínimo de sua forma intelectual, brincando de "o dono da bola". E viva a pátria! </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> Daniel Muzitano</span></p>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-54561355149611016822021-06-15T16:08:00.000-03:002021-06-15T16:08:30.892-03:00Mulher-solteira e mulher solteira<p style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOn7Cpr6HeQxmJHeMktgqtE8YwWU5UqEYLHJjsidiWnj2zOOZUxTcf3r7fGrqimpGXB6gLzQtq-W0WQLipaVUMdVgVdf3w-RJlvfnVLdhsU4xgnw52fXZX5XVkgrq_Or29P6CK6fZrtTh6/s984/anittaluisasonza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="497" data-original-width="984" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOn7Cpr6HeQxmJHeMktgqtE8YwWU5UqEYLHJjsidiWnj2zOOZUxTcf3r7fGrqimpGXB6gLzQtq-W0WQLipaVUMdVgVdf3w-RJlvfnVLdhsU4xgnw52fXZX5XVkgrq_Or29P6CK6fZrtTh6/w440-h223/anittaluisasonza.jpg" width="440" /></a></span></span></div><p></p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;">Entre um café e outro, eis que aflora a informação de que a <span style="background-color: white;">Anitta e a Luísa Sonza vituperaram, "a fortiori", uma acepção de um respectivo termo no dicionário do Google; cuja responsabilidade, por assim dizer, é da Oxford </span></span>Languages<span style="background-color: white; font-family: inherit;">. Ipso facto, o Google resolveu então satisfazê-las, formulando uma justificativa e alternando o conceito, já que são sumidades tantas na ramificação lexicográfica. Apesar de a Oxford colacionar um sem-fim de vocábulos e de possuir dedicação exclusiva à pauta, as "cantoras" parecem ter mais respaldo por parte da empresa.</span></span></p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><span style="background-color: white; font-family: inherit;">Exposto o preâmbulo, uma das críticas implicava o fato de que mulher-solteira, que é expressão devidamente hifenizada, designa a famigerada prostituta. As duas e mais um tutti quanti, que não apresentam o estudo como uma primazia de vida, são seres inócuos na compreensão do sinal gráfico, aliás, sequer sabem que mulher-solteira é uma construção com limitações geográficas, utilizada por seu lado especificamente em regiões do Nordeste, como bem observa o Dicionário Caldas.</span></span></p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;">Etimologicamente falando, o hífen emana do grego hyphén, nos remetendo à condição outra de "um só corpo", "um só sentido", uma vez que serve para extirpar ambiguidades e/ou formar um novo significado, scilicet, por meio de dois ou de mais termos. Em suma, mulher solteira seria literalmente uma mulher solteira, enquanto que, com hífen, por justamente mulher e solteira terem perdido suas concepções primevas, tem-se a lógica de "prostituta". Em outras palavras, para fins de ilustração, a mulher-solteira com o sinal gráfico não nos remonta a uma mulher solteira, consoante elas pregaram.</span></p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;">Demais disso, mulher-solteira é expressão popular, típica da região supracitada. Sem embargo, se é para menoscabarmos o que é popular e característico de certo lugar, que tal começarmos pelas "canções" das meninas aludidas? E mais, tendo em vista suas letras apelativas que aviltam a mulher, tal como seus ritmos de cunho sobremaneira pornográfico, não seriam elas responsáveis pela mulher, por parte de alguns, ser vista como um mero adorno? O alegado machismo, que é um elemento por elas sempre criticado, não seria alimentado pelas letras deliquescentes dessas senhoritas? Enfim, frisá-lo-ei que meu estarrecimento não está concatenado ao fato de elas serem ignorantes, e sim de serem levadas a sério a ponto de possuírem poder para mudar o sentido de uma expressão. Até quando? </span></p><p style="text-align: left;">Daniel Muzitano</p>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-78966691312336038182021-03-30T13:06:00.002-03:002021-03-30T13:06:19.460-03:00 Tony Ramos e a tal da ignorância <p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2x0enX_tLlXglBeUvN2C9ZA2T4ncq8P74gYYEJrDO0lMgCth2O000v4YkS6VoDIzJahkMfDHJ2-Dmkn1E_HSoEJr-3pj-4YEiX9qTzPq_i0KGtOOj8XQFnnH_dekCOJeg4zpMRlURUa1v/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="506" data-original-width="900" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2x0enX_tLlXglBeUvN2C9ZA2T4ncq8P74gYYEJrDO0lMgCth2O000v4YkS6VoDIzJahkMfDHJ2-Dmkn1E_HSoEJr-3pj-4YEiX9qTzPq_i0KGtOOj8XQFnnH_dekCOJeg4zpMRlURUa1v/w368-h207/image.png" width="368" /></a></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span><p></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">De prólogo, para que não haja qualquer sem-razão de minha parte, que fique indubitável que o senhor Tony Ramos apresenta decerto um grau significativo de cultura; sendo, de alguma maneira, um homem de predicados inegáveis em matéria teatral. Afora o exposto, impressiona-me sua vileza, não quero crer em mau-caratismo, ao tratar o tema da vacina como uma simples sentença dual, ou seja, quem critica qualquer vacina em vigor é, sem exceção outra, um ignorante ou algo com certa similitude.</span></span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Pois bem, nas fífias estrambólicas e néscias do ator, temos que ignorar a história completa de todas as vacinas, de maneira que nunca uma vacina que tenha se mostrado eficiente foi oferecida contendo menos de 3 anos de experimentações. Reitero, nunca! In verbis, ainda vale a reminiscência de que 3 anos é um tempo rápido e demasiado otimista. Assim, apesar disso, temos que acreditar, porque o Tony Ramos assim deseja, que desta vez foi diferente. </span></span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Em outras palavras, o que quero ressaltar é que ninguém em sã consciência será contra uma vacina, desde que sejam mostrados os pormenores da fabricação, e, com máxima clareza, que sejam fornecidos os fatores que venham a aclarar o porquê de essas em vigor terem sido produzidas de modo tão célere. Ignorante, caro Tony, é o sujeito que se dispõe a ser vacinado, ao menos sem que essas dúvidas sejam sanadas. Aliás, o prefixo i- vai ao encontro de negação, gnorare, em latim, de saber. Ah, mas ele estava chorando. Sim, só que as lágrimas, como promulgou Machado de Assis, não são argumentos. A bem dos fatos, elas podem ser tão-somente elementos interpretativos; ramificação, essa, que o exímio ator tão bem domina. No mais, ao defender a ciência, o dito-cujo não cita estudos, cientistas, e, em vez disso, deixa-nos um choro fósmeo e irresponsável. Tony, essa foi a tua pior atuação. </span></span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Daniel Muzitano </span></span></p>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-61098655726078475682021-01-08T16:08:00.003-03:002021-01-08T16:09:08.284-03:00 Não seja amigo do seu filho<p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWhf0p-iSB093EWp1XBQwHOHQ7aCxsAv8ZDaKfUfkaaAGD7uwXWvOoQRQOi3o8VnG-Ove3xPKNAxL3Xj43BK5yF-KIfCWf3Q0A_EiWLCnPPBCKAIWVYMILr937RaiMrj7X2LyKCYJim9BX/s600/1341910-foto-de-kate-middleton-dando-suposta-bro-amp_fixed_height_big-2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="476" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWhf0p-iSB093EWp1XBQwHOHQ7aCxsAv8ZDaKfUfkaaAGD7uwXWvOoQRQOi3o8VnG-Ove3xPKNAxL3Xj43BK5yF-KIfCWf3Q0A_EiWLCnPPBCKAIWVYMILr937RaiMrj7X2LyKCYJim9BX/s320/1341910-foto-de-kate-middleton-dando-suposta-bro-amp_fixed_height_big-2.png" width="320" /></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span><p></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A contrario sensu do que supõe um sem-fim de responsáveis, deve haver manifesta dissociação entre ser pai e ser amigo. Desse modo, não se pode olvidar de que ser amigo de um filho significa estar ao par, ter valor igual com relação a ele, o que por sua vez implica uma perda irrefutável de autoridade paterna ou materna. A bem da lógica, a mãe ou o pai autodenominado de "melhor amigo do próprio filho", sem margem para qualquer dúvida, formá-lo-á um adulto sem limites, cujo principal amigo, o pai, concebe salvo-conduto a todas as irresponsabilidades e aos erros do respectivo filho.</span></span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: medium; white-space: pre-wrap;">Imposto o exposto, ninguém deve obrigatoriamente respeito a amigo, tampouco uma fulcral e irreprochável obediência. Já ao pai, seguramente. Ademais, se o pai é apenas um amigo, no momento em que contrair uma doença grave, por exemplo, indubitavelmente a chance de ser largado pelo filho será descomunal, muito maior por assim dizer, e nos tempos de hoje é comum presenciarmos essa triste cena, afinal, trata-se apenas de um amigo.</span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: medium; white-space: pre-wrap;">Como intento último, essa postagem visa tão-somente à melhora quanto ao amadurecimento das próximas gerações, fadadas hoje à eterna puerilidade, e muito por conta desse equivocado raciocínio dos pais, bem como a abrir os olhos daqueles que se importam com suas crias, seus rebentos. Em suma, amigo não cobra, não tem a obrigação de educar, e por isso às vezes é esquecido. Que haja harmonia e respeito na relação entre pai e filho, mas nunca o sentido envilecido de amizade. Não seja amigo do seu filho. Seja pai! </span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: medium; white-space: pre-wrap;">Daniel Muzitano </span></p><div data-block="true" data-editor="9ooan" data-offset-key="3pqln-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div><span data-offset-key="3pqln-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div></div><div data-block="true" data-editor="9ooan" data-offset-key="fnnci-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"></div>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-12501630716625634752020-12-10T20:16:00.002-03:002020-12-10T20:16:21.617-03:00Nota sobre o boicote e a censura de hoje<div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Às mentes frívolas que denunciaram um vídeo meu e ao burlesco Facebook, que as acatou respectivamente, não conseguirei olvidá-los por hoje, ainda que vocês sequer saibam a acepção desse verbo. Aliás, de igual modo é impossível concordar com vocês, haja vista que a concordância, considerando a mensagem que recebi da empresa, é ponto outro lânguido na mente da direção da marca.</span></div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Exórdios à parte, simpliciter quero me pronunciar como alguém que não faz o que faz por diploma. Diferentemente dos professores que tiraram meu vídeo do ar, ou melhor, dos palúrdios que estão por soltar barritos, por sua vez travestidos de docentes, tive, à base de muito esforço e de muita sabedoria, todas as teses que corrigi em minha vida aprovadas, todos os alunos, pelos menos os que levaram meu ensinamento até o final, aprovados. Corrigi vários livros com êxito, tenho também uma produção de conteúdo etimológico descomunal via Youtube. </div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Fora tudo isso, corrigi teses no Português de Portugal, em breve serei revisor também em Espanhol, estou elaborando um dicionário etimológico que ninguém no Brasil, ainda mais com tímidos 29 anos, idade essa que dei início ao projeto, tem condição, sem contar minha contribuição para um dicionário de Portugal. Tornei-me pós-graduado com 25 anos, poucos podem dizer isso no Brasil. Enfim, reporto que é sine qua non que não escrevo buscando o respeito da classe de docentes, tampouco espero que o comportamento dos senhores mude. Articulei essas palavras para ressaltar tão-somente o meu desejo de que continuem, que apaguem outros vídeos meus. Agora, o que vocês nunca poderão apagar é a minha história. E isso vocês não são dignos de ter.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><a class="oajrlxb2 g5ia77u1 qu0x051f esr5mh6w e9989ue4 r7d6kgcz rq0escxv nhd2j8a9 nc684nl6 p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of lzcic4wl q66pz984 gpro0wi8 b1v8xokw" href="https://www.facebook.com/danielmuzitano.oetimologo?__cft__[0]=AZVhOKuSN3KMScA0ltFUrq9NsCLl6wKD5b7wr69mwkbNkLZ28a7fHE18VttXe97pOxtDXtnnROxeuN190Z00g1APMGSh8SyvpWiyCz7nz7LHyg&__tn__=-]K-R" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline; font-family: inherit; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: inherit; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation;" tabindex="0"><div class="nc684nl6" style="display: inline; font-family: inherit;">Daniel Muzitano</div></a></span></div></div>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-59171542130905191872020-12-01T15:09:00.002-03:002020-12-01T15:09:31.699-03:00O fanatismo à guisa da Argentina<div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="8nuoa-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFMWBEenoogML0Ww_ipgM7__8MSYGAbc7Pene6vEfJNTbEkcOGnbQXyiQ_y8YoTTe94dLT0ewHT9_l6kfAOOB01PewhShv_W0uT5xPXkyeIdDG66yyinHauMKvwQ_WNQhgigXzPVVc6tMi/s640/8e87b3dcea1c5f9921b69f175b08985f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFMWBEenoogML0Ww_ipgM7__8MSYGAbc7Pene6vEfJNTbEkcOGnbQXyiQ_y8YoTTe94dLT0ewHT9_l6kfAOOB01PewhShv_W0uT5xPXkyeIdDG66yyinHauMKvwQ_WNQhgigXzPVVc6tMi/s320/8e87b3dcea1c5f9921b69f175b08985f.jpg" /></a></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8nuoa-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><br /></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="fj03k-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fj03k-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span style="font-family: inherit;">O óbito de Maradona, a pari com os de Carlos Gardel e de Eva Perón, aclara o âmago nacionalista presente no povo argentino, que trata seus nomes a título de deuses, conquanto isso lhe traga deteriorações infindáveis. Por exemplo, citá-lo-emos Che Guevara, um argentino psicopata, autor de brutalidades de toda ordem, declaradas por seus próprios ex-companheiros de batalha, que podem ser assistidas por sua vez no documentário "Anatomia de um mito".</span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="25dli-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="25dli-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="25dli-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="55upl-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="55upl-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="55upl-0-0" style="font-family: inherit;">Pelo fato de ele ser argentino e famoso, suas perseguições e seus crimes, apresentados com elevada solércia e glamourização por setores relevantes, a aludir, por exemplo, a classe artística, são mais do que justificados, afinal, ele é argentino. Se Maradona e Eva são deuses, Che Guevara, tatuado no braço do primeiro, e Juan Domingo Perón, ex-presidente e marido de Eva, serão amiúde vistos como referências, pois os deuses não se equivocam em suas escolhas.</span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="21pjc-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="21pjc-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="21pjc-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="10ehg-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="10ehg-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="10ehg-0-0" style="font-family: inherit;">Destarte, é sine qua non reportarmos que esse comportamento, caracterizado por uma ovação pueril, inconteste, catingosa e estulta, explica o porquê da insistência por escolhas políticas infelizes, acarretando a exacerbação cada vez mais nítida da fome no país. Em outros termos, o argentino é acentuado pelo nacionalismo fanático e pela pesporrência incólume, que faz viva naquele que é incapaz de rever e de aprender com seus erros. </span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="827j5-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="827j5-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="827j5-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="9jqds-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9jqds-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="9jqds-0-0" style="font-family: inherit;">Nesse sentido, o gol de mão de Maradona, à frente daquele cujo jogador dribla toda a Inglaterra, demonstra que a malandragem, à similitude do que acontece no Brasil macunaímico, foi, indubitavelmente, a consolidação do "tudo em nome da causa". A bem da lógica, Lionel Messi, em todos os números e perspectivas, vence Maradona de longe; sendo, a saber, melhor do que Diego. Entrementes, ser melhor não implica ser maior, e é esse o ponto-chave da conversa. </span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="8jmn5-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8jmn5-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="8jmn5-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="8f927" data-offset-key="74oou-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="74oou-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="74oou-0-0" style="font-family: inherit;">Por fim, mesmo depois de decênios da morte de Gardel, os argentinos dizem que ele canta, todas as manhãs, cada vez melhor. Portanto, remontar Deus na figura de um homem tem lá seus malefícios para o próprio homem, de modo que as drogas e a bebida podem ser mencionadas no caso de Diego. Todavia, se a nação trabalha para que o mérito e o talento sejam religiões acima de tudo, ela não cresce, não progride e vive a repetir as suas deploráveis certezas, posto que Deus é intocável. É como dizia o Borges, célebre escritor e outro argentino, "a dúvida é um dos nomes da inteligência". Grosso modo, com seus diversos senões e suas nimiedades ínfimas, Maradona era um talento. Deus, na melhor das hipóteses, só pode ser comparado a santos; caso, exempli gratia, de João Paulo II. Fim!</span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="74oou-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="74oou-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="74oou-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="74oou-0-0" style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span></div></div>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-55190209377352967842020-09-25T18:10:00.003-03:002020-09-25T18:10:25.037-03:00 Antitabagismo, o elemento ditatorial<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq6K4wo5hkE6-T0BI6uxEhf0Ab4RNQj9SftZ8JB0IDFDl82HhhQuRr1Au-6eJxF1hmIbJcq8IICx6LC4sQWWZljtOtCTHkbTJ9EO-fqcBbV4Bb4QoqglMfncUr-9lEeN5rMbJtRvL8vEuY/s512/unnamed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="314" data-original-width="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq6K4wo5hkE6-T0BI6uxEhf0Ab4RNQj9SftZ8JB0IDFDl82HhhQuRr1Au-6eJxF1hmIbJcq8IICx6LC4sQWWZljtOtCTHkbTJ9EO-fqcBbV4Bb4QoqglMfncUr-9lEeN5rMbJtRvL8vEuY/s320/unnamed.jpg" width="320" /></a></div><div class="" data-block="true" data-editor="e9cf9" data-offset-key="cn34q-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cn34q-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="cn34q-0-0"><span style="font-family: inherit;">Como sói ocorrer antes do proferimento de qualquer texto, </span></span><span style="font-family: inherit;">refleti se valeria a pena abordar o assunto em questão,</span><span data-offset-key="cn34q-0-0"><span style="font-family: inherit;"> </span></span>sem imergir em polidas tergiversações.<span style="font-family: inherit;"> Em instância primeva, não fumo e não tenho a menor vontade de cometer tal despautério, embora recomende, como Nelson Rodrigues, que o homem deve manter ao menos um vício, sobretudo num lugar como o Rio de Janeiro, repleto por sua vez de um sem-número de imbecis. </span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="e9cf9" data-offset-key="7tp7t-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7tp7t-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="7tp7t-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="e9cf9" data-offset-key="apbi6-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="apbi6-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="apbi6-0-0"><span style="font-family: inherit;">Assim exposto, o antitabagismo começa com o fim das propagandas de cigarro e com os anúncios dos males do tabaco em suas respectivas embalagens. Mutatis mutandis, o enredo passa para a determinação de uma área especial para não fumantes, trafega pela proibição do fumo em ambientes dos mais diversos e termina com o aumento triplicado dos planos de saúde àqueles que têm esse vício. Fossem efetuadas todas essas ações de uma só vez, indubitavelmente a sociedade perceberia como uma imposição, algo ditatorial, certo?</span></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="e9cf9" data-offset-key="57gnm-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="57gnm-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="57gnm-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="e9cf9" data-offset-key="emigq-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="emigq-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="emigq-0-0"><span style="font-family: inherit;">Dentre muitos, o cigarro foi o elemento selecionado, a fim de que contivesse o apoio moral e cego da direita, diga-se, principalmente da igreja, para uma tentativa de imposição em outros setores. O homossexualismo, por exemplo, não mais é hoje, como era originariamente, uma opção sexual. Hodiernamente, é uma bandeira política, uma forma até mesmo de ascensão profissional; ou ninguém sobe na vida alegando que perdeu um emprego por ser gay? </span></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="e9cf9" data-offset-key="2vpuj-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2vpuj-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="2vpuj-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="e9cf9" data-offset-key="2s3qb-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2s3qb-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="2s3qb-0-0"><span style="font-family: inherit;">Nesse sentido, o racismo, o feminismo, a arte, a educação: tudo, outrossim ao antitabagismo, foi posto em prática aos poucos, atendendo aos anseios da esquerda mundial. Por corolário, chega-se agora à liberdade de expressão, ou não temos medo de perder emprego, amigos, até mesmo uma relação amorosa ou algo afim, por aquilo que opinamos nas redes? A origem do plano, estou chegando ao fim, é nada menos do que "No caminho", texto do suicida Maiakovski, sujeito que se matou depois de descobrir que defendeu um regime sanguinário a vida inteira, isto é, o comunismo. </span></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="e9cf9" data-offset-key="ck5pa-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ck5pa-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="ck5pa-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="" data-block="true" data-editor="e9cf9" data-offset-key="4p74d-0-0" style="background-color: white; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4p74d-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="4p74d-0-0" style="color: #050505;"><span style="font-family: inherit;">In terminis, pode alguém perguntar: mas e a questão da saúde? Pois bem, o tráfico de cigarros aumentou, e isso gera sempre mais mortes, e os filmes, patrocinados mais das vezes pelo governo mundial de esquerda, que é quem em tese pregou a "saúde", seguiram fazendo propagandas indiretas ao vício; ou o Dicaprio fumando em um filme não é um estímulo?</span></span><span style="color: #050505; font-family: inherit;"> Porém, pela ação ditatorial, você, joão-ninguém, só pode fumar em casa. Aliás, que tal o "fique em casa"? Que os processos comecem!</span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4p74d-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span style="color: #050505; font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4p74d-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span style="color: #050505; font-family: inherit;">Daniel Muzitano </span></div></div>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-77219577340415514242020-08-03T09:41:00.005-03:002022-01-04T18:39:50.889-03:00No faz-de-conta do Novo Acordo <div data-block="true" data-editor="7tj4b" data-offset-key="6s8vd-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6s8vd-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span data-offset-key="6s8vd-0-0" style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS3jRyoQSKw28_oiMP7ibZBG8S-ObTZODf2xXonoowIaP8ol8hLooXFMeBFUwxi-GGUF3nP2_ZYmoklJRdazTDbJdIWJum-HEFcvOYb7u6MYa8_Dr7rAkFZJLJfXEbowv7pM-f40bvJ_1L/s640/6adaeb23-c930-410b-b3b4-fbebedd99b42_beneficios-raiva-davi-sales-batista.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="367" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS3jRyoQSKw28_oiMP7ibZBG8S-ObTZODf2xXonoowIaP8ol8hLooXFMeBFUwxi-GGUF3nP2_ZYmoklJRdazTDbJdIWJum-HEFcvOYb7u6MYa8_Dr7rAkFZJLJfXEbowv7pM-f40bvJ_1L/s0/6adaeb23-c930-410b-b3b4-fbebedd99b42_beneficios-raiva-davi-sales-batista.jpg" /></a></div> </span></div></div><div data-block="true" data-editor="7tj4b" data-offset-key="2ig6u-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ig6u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span style="font-family: inherit;">Malgrado eu vitupere praticamente sozinho as necedades afora do Novo Acordo, meu intento outro é sempre o da opulência vocabular. Percebida por mim neste hoje, a ação mentecapta produzida pelos adeptos da Nova Reforma, adjetivada por qualquer alma lógica como um tremendo quiproquó, está na falta de hífen quanto à expressão faz-de-conta, pelo menos quando a dita-cuja faz as vezes de fantasia, imaginação, fingimento e similitudes afins.</span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ig6u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ig6u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span style="font-family: inherit;">No faz-de-conta do Novo Acordo, entendam como fingimento ou mesmo como fantasia, não há o sinal gráfico. O hífen, embora os "doutos" não saibam, pretende extirpar ambiguidades e/ou formar um novo corpo, um novo sentido, por meio de dois ou de mais vocábulos. Não à toa, na construção "faz de conta que isso existe", a saber, é insofismável a sua noção literal, ou seja, o hífen é dispensável. Porém, no preâmbulo desse parágrafo, a situação é outra, pois, como asseverei, existe um novo sentido presente. Em suma, houve a eliminação de ambiguidade, e, incorporada a roupagem de fingimento, por exemplo, há outrossim a criação de um corpo no chamado faz-de-conta.</span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ig6u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ig6u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span style="font-family: inherit;">Por fim, será que é tão difícil para a Academia enxergar isso? Chega a ser um desdouro intelectual essa cegueira abrupta, isso para ser muito respeitoso, posto que hoje acordei com certa alacridade. Esse Acordo, é preciso que alguém diga, foi feito para fins políticos, caracterizado por seu turno como uma norma absolutamente analfabeta, execrável, digna de lamúria e de reproche por assim dizer.</span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ig6u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ig6u-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;"><span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano </span></div></div>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-4197882219349288362020-07-19T09:16:00.001-03:002020-07-19T09:16:41.386-03:00O pascácio conceito de cultura<div class="" data-block="true" data-editor="bfq8e" data-offset-key="6kfaj-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-9QJKgmbV5ndBAAJoQn05gcfy2Ilprlhed2QXkUs404kSfHcTjoPXfKWSimDWLnb1lRnvIqy01CbzKGe8uwGB_Y4-BijdVoE31CCtFpA8wwtox7TlYYCqJIEpGONCpAPzjHr5u_LCgkFL/s1600/1_MypTvoEb62Ltg2nW68zD3Q.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-9QJKgmbV5ndBAAJoQn05gcfy2Ilprlhed2QXkUs404kSfHcTjoPXfKWSimDWLnb1lRnvIqy01CbzKGe8uwGB_Y4-BijdVoE31CCtFpA8wwtox7TlYYCqJIEpGONCpAPzjHr5u_LCgkFL/s320/1_MypTvoEb62Ltg2nW68zD3Q.jpeg" width="320" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6kfaj-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Malgrado o fato de eu compreender a cultura como um processo quase que onímodo, preservando evidentemente a moral e o bom vezo, nossa Constituição não a vê nesse viés, haja vista que determina como cultura qualquer expressão do modo de vida do brasileiro. Assim, ante esse nacionalismo néscio, tem-se o funk como uma expressão do modo de vida do povo brasileiro, isto é, como cultura, ao passo que um Chopin, não enquadrado nesse título, passou a ser ignorado e tratado como algo de somenos, irrelevante por assim dizer.</span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6kfaj-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Exposto o cenário, Ernesto Nazareth e João Pernambuco, dois gênios de classe sem igual, apesar de brasileiros, não constituem em sua obra um modo de expressão nacional, e, portanto, são igualmente apagados enquanto referência. Por outro lado, o Rappa e o Marcelo D2, por pior que ela seja, configuram uma expressão do povo brasileiro; estando à frente, em nossa Constituição, por exemplo, do Raphael Rabello.</span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6kfaj-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">In terminis, nossa lastimável Constituição legifera, mais das vezes, a favor da banalidade artística nacional, em prol de qualquer alma que revele qualquer ponto do Brasil. Eis aí um dos muitos porquês de estarmos imersos na podridão hodierna. É claro que o Noel Rosa e o Cartola, e muitos outros nomes relevantes, estão dentro de nossa lei cultural, porém é igualmente notório que o conceito é pascácio, pois tanto um quanto o outro são muito maiores do que "uma manifestação da expressão nacional". Em suma, até o que é muito bom e preservado nos anais da história, a saber, fica diminuído e ridicularizado. O conceito é torpe. Precisamos da alta cultura.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="bfq8e" data-offset-key="1u6cs-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1u6cs-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-38319307958602444152020-07-03T19:56:00.002-03:002020-07-03T19:56:46.737-03:00O crime impretérito <div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilpiv66sILL7wzfebBWwLacTQ4goUst2NmAB1SXL9uq00bJNsxjkm4S0BHY_Oti1L-K4W5q9AnN0x5k81czcWu1wSnQHFoIFndvgLB4EhTm_h-XdZ8G8Q1b8kMEhDT3ZyJoy_uX8sLTO_s/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="275" data-original-width="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilpiv66sILL7wzfebBWwLacTQ4goUst2NmAB1SXL9uq00bJNsxjkm4S0BHY_Oti1L-K4W5q9AnN0x5k81czcWu1wSnQHFoIFndvgLB4EhTm_h-XdZ8G8Q1b8kMEhDT3ZyJoy_uX8sLTO_s/s1600/download.jpg" /></a></div>
<div dir="auto" style="font-family: inherit;">
<span style="font-family: inherit;">Empós de respostas não tão alongadas, e não haverá evidentemente consensus omnium em tal questão, ousá-lo-ei questionar se estamos por vivenciar a era do crime de pensamento, citado de modo iniludível e erudito por George Orwell, respectivamente na obra de 1984. Caros, amiúde tenho que pensar se posto ou não um conteúdo, se falo um não de certo tema, o que posso perder ou não com uma simples postagem: tudo hoje é vigiado, passível de insultos e de perdas.</span></div>
<div dir="auto" style="font-family: inherit;">
<span style="font-family: inherit;">Desse modo, pensar é crime imperioso, provavelmente com punição imprescritível e inafiançável. Ontem, paulatinamente, ao longo do dia, estava decidido: farei um post sobre os personagens de Bolaños. Hoje, imaginando as críticas, provavelmente vão politizar o vídeo, tecer insultos, e, o que é mais lamentável, vão indubitavelmente rejeitar as referências filosóficas aludidas e o que o Bolaños tinha a nos oferecer. Em nome da promoção vitimista, deu-se no país uma ignorância, a fabricação de pessoas politicamente taradas; enxergando, com total esforço, política ou ato racista até em rótulos de shampoo.</span></div>
<div dir="auto" style="font-family: inherit;">
<span style="font-family: inherit;">Dado o exposto, como posso arriscar uma pauta? Que segurança tenho de que não perderei profissionalmente? Dependendo de suas orientações e valores, que conclusão outra posso chegar, senão a de que pensar é crime impretérito...? E paremos por aí, pois os mais revoltados já estão por reclamar.</span></div>
<div dir="auto" style="font-family: inherit;">
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-6323346721381344882020-07-03T19:06:00.001-03:002020-07-03T19:07:20.587-03:00Nota e esclarecimento sobre o vídeo que fiz envolvendo o "combate" ao racismo<div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;">
<div dir="auto">
<span style="font-family: inherit;">Publiquei um vídeo esta semana sobre o que, a pretexto de um suposto combate ao racismo, estão fazendo com a arte e com certos estudos. Dessa forma, procurei ser respeitoso, civilizado, porém, ainda sim, poucos foram os que entenderam, de maneira que a consequência foi o recebimento de uma produção de insultos; todos devidamente deletados.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Embora eu tenha recebido alguns elogios e algumas críticas legais, é de lamentar o nível civilizatório e intelectual da maioria, aquela que precisamente me vituperou como bem é sabido. Tenho consciência de que o tema é delicado, tentei ser circunspecto ao máximo, porém infelizmente a grande maioria não possui o mínimo dos pré-requisitos para um debate sadio. Dentre os erros, vi gente confundindo etimologia com significado, escrevendo etimologia com "t" mudo, talvez, se me permitem a piada, por influência da palavra etnocentrismo, e outros detalhes mais. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Em suma, devido ao analfabetismo funcional de diversos professores e à incapacidade de muitos na averiguação diacrônica da língua, faz-se impossível a abordagem de um tema mais complexo, cuja presença de holofotes é gritante. Dito isso, evitarei perambular por pautas mais amplas, haja vista que voltarei a me limitar à divulgação dos étimos dos vocábulos. Às vezes, por pura bondade e ingenuidade, tenho a esperança de que serei compreendido. Que erro!</span></div>
</div>
<div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;">
<div dir="auto">
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span></div>
<div dir="auto">
<span style="font-family: inherit;">Link do vídeo: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=jLhJuybTLYQ&t=8s">https://www.youtube.com/watch?v=jLhJuybTLYQ&t=8s</a></span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-23743595183208191772020-05-26T18:39:00.001-03:002020-05-26T18:40:16.606-03:00A culpa é do café vespertino<div class="" data-block="true" data-editor="autkk" data-offset-key="8g7v2-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; font-family: helvetica, arial, sans-serif; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFtwBfzxytHQ-NvI4uCegojC8DBn-kUrnaIv3z-N4V0ZNYiDPelSHnPcVGymjiJmAmG3TCsgOZZPApSar3JC-6pBdJdS2ZhwV2HqeO2Y6BiF29HT_jlCPj8XujhgRoFsAisVyZ-jQulNPU/s1600/por-que-tomar-cafe-sem-acucar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="460" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFtwBfzxytHQ-NvI4uCegojC8DBn-kUrnaIv3z-N4V0ZNYiDPelSHnPcVGymjiJmAmG3TCsgOZZPApSar3JC-6pBdJdS2ZhwV2HqeO2Y6BiF29HT_jlCPj8XujhgRoFsAisVyZ-jQulNPU/s320/por-que-tomar-cafe-sem-acucar.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8g7v2-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">O latim mutatis mutandis, que pode pormenorizar o que ocorre com o vocábulo sucesso no espanhol e no português, diz-se de dois fatos que, com pequena alteração das circunstâncias, são notoriamente iguais. De antemão, a explicação será transitória, todavia com demasiado fulgor.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Visto no português como um "resultado positivo" por boa parte dos brasileiros, o sucesso, grafado na Espanha com um "s", designa tão-somente um acontecimento, mais das vezes de cunho ruim. Entrementes, levando em conta seus direcionamentos divergentes, ambos partiram da mesma lógica, a de algo que se sucedeu, que aconteceu.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Assim, promulga a Real Academia Espanhola: "Cosa que sucede, especialmente cuando es de alguna importancia". Ao mesmo encontro, ressalta o Priberam: "Aquilo que sucede, que acontece". Resumindo, deparei-me com o sucesso na aula de espanhol, comparei as evoluções e, por fim, usei a expressão mutatis mutandis para apontar a relação. Definitivamente, aos olhos do mundo, não sou um homem normal. Porém, a culpa é do café vespertino.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="autkk" data-offset-key="68cdf-0-0" style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="68cdf-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano </span></div>
</div>
<br />
<div class="" data-block="true" data-editor="autkk" data-offset-key="e5qe-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
</div>
<br />
<div class="" data-block="true" data-editor="autkk" data-offset-key="edmqa-0-0" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: pre-wrap; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="edmqa-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: left; white-space: pre-wrap;">
<span data-offset-key="edmqa-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-486130859553182672020-04-20T10:42:00.001-03:002020-04-20T10:43:41.438-03:00O farisaísmo dos sócios da quarentena<div class="" data-block="true" data-editor="dto23" data-offset-key="4us47-0-0" style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 15px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiShmRFirdptRA8krk4RRxGKpmyP0q2QmJQSjgvl1JzycTZ4rpsHmkfOIsWSc5IlmAkJJb8HBkD5tJ0e1qDs-vRyuTT7ELm_m6LN9tMZasTh7XFjeyDhZjbHgCPskLkvOd6GaH0PcXrKKgt/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiShmRFirdptRA8krk4RRxGKpmyP0q2QmJQSjgvl1JzycTZ4rpsHmkfOIsWSc5IlmAkJJb8HBkD5tJ0e1qDs-vRyuTT7ELm_m6LN9tMZasTh7XFjeyDhZjbHgCPskLkvOd6GaH0PcXrKKgt/s1600/download.jpg" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4us47-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Pretexto por agora de ociosos tantos, a quarentena, em seu propósito inicial, bem continha o discurso piegas de que preservava a vida e o bem-estar da população. Eis senão quando, hoje bem a vejo que muitos a tratam como um sinônimo parvo de férias, uma espécie de seguro-desemprego absolutamente descabido, e que muito me deixa espaventado e exasperado.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">De mais a mais, o suposto bem-estar e a suposta preservação da saúde, considerando notícias de bancarrota de grandes empresas, demissões em massa, desculpa para soltar bandidos etc, não mais são lógicos. Não por acaso, o latim tem a expressão lata culpa, que remonta à acepção de negligência excessiva, por sua vez solevantando que a irresponsabilidade dos sócios da quarentena será nitidamente cara.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Por fim, no transitar dos tempos, di-lo-ei que achei meu propósito de vida, portanto, as correções, as transcrições, as aulas: quefazeres que hoje, devido à realidade produzida pelos sócios do terror, não mais fazem parte do meu vezo. Em suma, antes alguns mortos de corona a todos de fome. Com isso, precisamos trabalhar e enfim mostrar a indignação aos falsários de plantão.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="dto23" data-offset-key="2bj03-0-0" style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2bj03-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2bj03-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 15px;"> </span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-44105883527412572302020-03-18T18:02:00.000-03:002020-03-18T18:03:29.045-03:00Vamos propalar cultura? <div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjttzF9d9Wc1FX0ZaCfPhZ8vy2eCbSnG4xaAF2RRVz1_cqa3XuyKGb2nQWu97VJWPbCYRc_KAQZfsoIP6OcyQQwnIZyGzmWy5Pi-VkJflMtEAGAjcpQGIqIsS70L7L1jc_tlgyai21arN7y/s1600/90034732_146110233380358_4432190916991647744_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjttzF9d9Wc1FX0ZaCfPhZ8vy2eCbSnG4xaAF2RRVz1_cqa3XuyKGb2nQWu97VJWPbCYRc_KAQZfsoIP6OcyQQwnIZyGzmWy5Pi-VkJflMtEAGAjcpQGIqIsS70L7L1jc_tlgyai21arN7y/s320/90034732_146110233380358_4432190916991647744_n.jpg" width="240" /></a></div>
<div dir="auto" style="font-family: inherit;">
<span style="font-family: inherit;">Exaurido das palurdices atinentes ao coronavírus e propagadas pelos pseudointelectuais redes sociais afora, resolvi não mais discutir solecismos acerca do tema, bem como qualquer argumento non sequitur, de maneira que a etimologia, pelo menos a meu ver, é um assunto mais importante e mais interessante.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Nesse sentido, estive a rememorar o étimo do verbo pagar. Assim, pelo consenso de todos, ou omnium consensu, pagar nasce da palavra latina pacare, ou seja, apaziguar. Com isso, inicialmente, no momento em que o sujeito pagava, abrandava por sua vez a fúria do credor.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Demais disso, um termo outro que adquiriu uma evolução pouco trivial foi o substantivo palestra, do grego palaístra, qual seja, lugar onde eram realizados exercícios físicos, lutas, instruções verbais e embate de ideias; daí, logo, a acepção de conferência sobre determinado assunto. Em vez de dramas infantis, vamos propalar cultura.</span></div>
</div>
<div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;">
<div dir="auto" style="font-family: inherit;">
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-33942644255697364642020-03-13T17:39:00.000-03:002020-03-13T17:39:01.177-03:00Acordo de somenos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg543vluZO6gvVm1PV6usRhs8oRHoR20dWJXsWB3K9oTVLtqxt7OdFynvKPKxVVG6BKS5D37ctces0GlQDBio121dQTj5zA8joCGgNjUKF2PkJYEkxHLIFtBEqAjiUy3JSzfXTKe4QXpsJv/s1600/Por-que-o-dicionario-e-chamado-de-Pai-dos-Burros.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="705" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg543vluZO6gvVm1PV6usRhs8oRHoR20dWJXsWB3K9oTVLtqxt7OdFynvKPKxVVG6BKS5D37ctces0GlQDBio121dQTj5zA8joCGgNjUKF2PkJYEkxHLIFtBEqAjiUy3JSzfXTKe4QXpsJv/s320/Por-que-o-dicionario-e-chamado-de-Pai-dos-Burros.png" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;">Ainda que eu já tenha enfatizado o meu amplo contempto pelo Novo Acordo, sempre que ouço ou leio a expressão pai dos burros, estua em mim uma espécie de crítica interna, de maneira que me sinto no dever de proliferar meu extremo descontentamento. Antes de vir à tona o abjeto Acordo e de ele estiolar a nossa alma, havia uma distinção entre pai dos burros, literalmente pai dos burros, e o pai-dos-burros devidamente hifenizado, fazendo as vezes de dicionário. Conseguintemente, não havia qualquer possibilidade de ambiguidade em construções quaisquer.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;">De mais a mais, nota-se que os "sábios" da nova regra rejeitaram, impreterivelmente, as funções primordiais do hífen, isto é, extirpar ambiguidades e/ou produzir um novo sentido, um novo corpo, mediante dois ou mais termos. Para tanto, vale lembrar de que hífen deriva do grego </span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><em style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px;">hýphen</em>, logo, um só corpo. Com isso, a fim de esmiuçarmos a necedade do novo texto, cujo pai é o falecido Antônio Houaiss, vamos a um exemplo: <b>"o pai dos burros faleceu".</b> </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="font-family: inherit;">Refiro-me<i> </i></span><i>ipsis litteris</i><span style="font-family: inherit;"><i> </i>(literalmente) ao pai dos burros ou ao dicionário? Graças ao Novo Acordo, pois bem, não conseguimos ter essa ciência. Em síntese, batizo o Novo Acordo, sem ter o intento da crítica gratuita, de delirium tremens, expressão de origem latina e que é compreendida como delírio de um alcoólatra. Delírio de um alcoólatra é uma belíssima anadiplose para findarmos esse texto heroico; palavra, logo, que deixou de ter importância, afinal, também graças ao Novo Acordo, perdeu sua vida, seu respectivo acento. <i>Hasta pronto</i>. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano </span><span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"> </span>Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-37878076008144485032020-03-04T19:31:00.001-03:002020-03-04T19:32:26.586-03:00Por que ninguém comenta sobre Queísmo e Dequeísmo?<div class="" data-block="true" data-editor="8pr7f" data-offset-key="cqf3t-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw8-fcHBLYQP86xt98DJK7BOXuWaIzbU8RyKQHFFeAE0MBGEJY6rAndUVuNjg7Lwxr9A3pRYSpn5LeYHk_C8VaMOtY2wwsnatqmwQtviczypskBmjDDHkNUeo-NUUhCtmqcM7FRc9HHtr9/s1600/87479792_2763246477084765_6581401455377252352_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw8-fcHBLYQP86xt98DJK7BOXuWaIzbU8RyKQHFFeAE0MBGEJY6rAndUVuNjg7Lwxr9A3pRYSpn5LeYHk_C8VaMOtY2wwsnatqmwQtviczypskBmjDDHkNUeo-NUUhCtmqcM7FRc9HHtr9/s320/87479792_2763246477084765_6581401455377252352_o.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cqf3t-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Conquanto se façam presentes cotidianamente na linguagem popular, há um lapso iniludível dos vocábulos citados nesse título, sobretudo em conjunturas acadêmicas, de modo que estudiosos da área de Letras não exortam a investigação das práticas de queísmo e de dequeísmo. Nesse comenos, vale propalar que tão-somente o Michaelis e o Volp, em relação aos dicionários on-line, promulgam os respectivos substantivos cá aludidos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Dessa forma, consoante o Michaelis, queísmo seria a "omissão da preposição "de" antes da conjunção subordinativa integrante "que", quando, pela regência do verbo, na linguagem padrão, ela é exigida". Assim, não é incomum ouvirmos na rua, por exemplo, que "fulana gosta que fale dele". Grosso modo, quem gosta, gosta de, isto é, o apropriado seria dizer "fulana gosta de que fale dele".</span><br />
<span style="font-family: inherit;">A bem da lógica, o queísmo é o equívoco regencial que enfatiza o "que" e rejeita o "de", embora a preposição seja solicitada pelo verbo. Quanto ao dequeísmo, também de acordo com o Michaelis, é classificado como "emprego da preposição "de", sem função sintática e dispensável, antes da conjunção "que", em determinadas orações.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Pari passu, seria como dizer algo do tipo "percebo de que fiz isso". Em suma, eu não percebo de algo, e sim algo. Em outras palavras, o dequeísmo é um solecismo regencial que dá ênfase ao "de", ainda que o verbo não o peça. Fôssemos um país decente, queísmo e dequeísmo estariam em nossa base curricular. Porém, na cabeça de alguns, o barato é o culto às necedades do Novo Acordo. Eu faço a minha parte. Uma boa-noite a todos.</span><br />
Daniel Muzitano</div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-52878636584534337792020-02-13T08:54:00.002-03:002020-02-13T08:55:17.274-03:00Dois elementos que postergam a evolução do país<div class="" data-block="true" data-editor="29sk3" data-offset-key="dp1dn-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Suf9oV0eYCyuNJrXBVu-zzpTeJdOis46eW6WgIyyJUIXfHw9ZeCC1P30f6C457P8Ft51huzYetZ3Xqkpg4qjnUNUthTTgr6oozabuCnec4MNzn8cl2mXY-9pMlOvBqWJ7eSzOQsSFw-8/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Suf9oV0eYCyuNJrXBVu-zzpTeJdOis46eW6WgIyyJUIXfHw9ZeCC1P30f6C457P8Ft51huzYetZ3Xqkpg4qjnUNUthTTgr6oozabuCnec4MNzn8cl2mXY-9pMlOvBqWJ7eSzOQsSFw-8/s1600/download.jpg" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dp1dn-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
Em meio a atividades tantas, ontem estive por refletir acerca do número onímodo de músicas nacionais que romanceiam, por exemplo, as favelas e suas condições demasiado deterioradas. Motu proprio, de há muito gêneros de toda sorte constroem, num local com tiroteios, sexo banalizado, drogas, falta de saneamento básico etc, uma beleza fantasmagórica, o que faz com que achemos normal um sujeito viver nessas condições, ou seja, à míngua.<br />
Dado o exposto, a falta de referência é o grande algoz, de modo que, por conseguinte, o ódio ao lucro, o amor à pobreza e o orgulho de viver numa debacle, a saber, são raciocínios sine quibus non e inerentes à mentalidade do pobre. Em suma, ninguém deveria morar em condições insalubres, bem como ter orgulho desse tipo de situação. Entretanto, nossas músicas estimulam esse comportamento nocivo de nossa sociedade.<br />
Pari passu, outro ponto-chave é a infantilidade da população em idade adulta, mais das vezes decorrente do excesso de responsabilidades na fase infantil, da falta de bons pais ou do local onde mora, posto que a favela não é um ambiente favorável para se ter infância. Assim, todos nós, independentemente de nossa educação, precisamos ter infância quando crianças. Do contrário, estaremos por vivenciá-la no período errado. Grosso modo, muitos pais, fingindo dar atenção aos filhos, mostram sua fase pueril, sobretudo quando brincam com os respectivos, nas fotos postadas com as crianças ou no tempo excessivo em que se dedicam a brincar com eles, com o perdão da silepse.<br />
In verbis, presenciamos também pessoas muito emotivas, quase sempre excessivamente cobradas quando crianças, vivenciando esse estágio mais tarde. Desse modo, o que podemos esperar de um país que forma adultos infantis e que tem, como referencial e trilha sonora daquilo que é belo, a favela, por exemplo? Creio que o não vivenciamento da infância nada traz, senão angústias, o que acarreta drogados, pessoas que banalizam sua vida sexual, analfabetos funcionais etc. Vale a reflexão.</div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="29sk3" data-offset-key="9km0o-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9km0o-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
Daniel Muzitano </div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-13889238284164578682020-01-19T10:21:00.001-03:002020-01-19T10:21:53.002-03:00A arrogância no duplipensamento de Orwell (sobre a minha suposta altivez)<div class="" data-block="true" data-editor="elub0" data-offset-key="dau10-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYQ-cu8KHmwE6RsVZoGIQ97-_DuXLM_67iiNTffRi137H9U0VLTuadOKEQFzkjBnow_Qrp6PXFaDrVvaVKHosohjh01-LTGCX4sPs9Fu4SXqQPuZV_ra9HjKZ9V9pMF0KhOFKonYfyJF7M/s1600/george_orwell_pensamento_duplo_indica_a_capacidade_de_t_l2q63dx.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="600" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYQ-cu8KHmwE6RsVZoGIQ97-_DuXLM_67iiNTffRi137H9U0VLTuadOKEQFzkjBnow_Qrp6PXFaDrVvaVKHosohjh01-LTGCX4sPs9Fu4SXqQPuZV_ra9HjKZ9V9pMF0KhOFKonYfyJF7M/s400/george_orwell_pensamento_duplo_indica_a_capacidade_de_t_l2q63dx.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dau10-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Lato sensu, pelo fato de eu demonstrar um conhecimento cultural acima da média, sobretudo no que tange à etimologia, amiúde sou rotulado de arrogante, e não tão-somente pela arraia-miúda. Assim, propositadamente ou não, o brio, a autoconfiança e o amor à profissão, mais das vezes, são aspectos confundidos com a dita pesporrência.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Ipso facto, bem vejo a arrogância, tal como ocorre com o discurso de ódio, sendo utilizada de forma ambígua, e, dependendo de quem a usa, com caráter positivo ou não, casando-se com aquilo que Orwell denomina de duplipensamento. Portanto, se duas pessoas dizem que são as melhores naquilo que se propõem, aquela que faz parte do grupo que detém o poder é vista como séria e segura. A que não faz, como alguém que carece de humildade.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Demais disso, vejo o duplipensamento como algo consolidado no diálogo nacional, ainda que o artifício esteja mais acentuado em alguns vocábulos, tendo para tanto as chamadas palavras-chave. De mais a mais, o latim arrogante vem de arrogare, termo que faz as vezes de atribuir. Desse modo, a lógica de atribuir refere-se ao fato de que existe a autoatribuição de características positivas por parte das pessoas; explicação, logo, que faz com que a claque falsária determine ou não o que é ser arrogante, conquanto haja contradições no apontamento. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Por fim, pesquisas apontam que cerca de 80% da população não passa de dois livros num ano, e, por conseguinte, não tem condições intelectuais de debater comigo acerca de diversos temas. E isso é puramente um fato. Entretanto, por se tratar de Daniel Muzitano, passa a ser arrogância. Bom domingo a todos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-44837095705541075632020-01-04T12:14:00.001-03:002020-01-04T12:15:30.898-03:00Ignorar o passado<div class="" data-block="true" data-editor="dkvd9" data-offset-key="egnf1-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcy3SXkrS6146K3amLBqL01KbRFbwybZ6WymkjOilfx3xQGLEAu0U2fAo4_7ql9dgEqwXHa7o5jih9zQaqkXVkzg_sJuD8QN9rjKcpxQlAjw-K5iE6s80G5rRT679L9SlzzWcRJmpwsO9l/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="162" data-original-width="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcy3SXkrS6146K3amLBqL01KbRFbwybZ6WymkjOilfx3xQGLEAu0U2fAo4_7ql9dgEqwXHa7o5jih9zQaqkXVkzg_sJuD8QN9rjKcpxQlAjw-K5iE6s80G5rRT679L9SlzzWcRJmpwsO9l/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="egnf1-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Especificamente no imaginário cultural brasileiro, há um fito permanente de o povo aformosear a favela, com' se fosse o local uma exacerbada referência estética. Assim, em vez do conceito de um lugar com péssimas condições para se viver, sem contar as depravações culturais e morais, deposita-se com ela um ar farisaísta de "palco cultural", por sua vez refocilado na banalização da arte.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Menoscabando um pouco a Semana de 22, Marcel Duchamp e os sambas e as letras da MPB de enaltecimento para com a "graça" do morro, também responsáveis por esse teatro infindável, Ortega y Gasset dizia que selecionar é excluir, e, mais além, alcançar o grau magno de referência. Pari passu, George Orwell credita ao controle total de um povo a obliteração de seu bom passado.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Data venia, a favela não seguiu com a opulência de seu samba, atrelada sobretudo em gênios da estirpe de Cartola, por seu turno dando lugar à falta de criação nesse segmento, bem como aos gêneros do funk e do pagode. De mais a mais, ninguém imagina os nomes de João Pernambuco, de Ernesto Nazareth e de Dilermando Reis, por exemplo. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Por fim, além desse lapso referencial, foi infundido no povo o famoso duplipensamento do livro de 1984, donde se conclui que, consoante meu fim primevo, a favela pode ser bela ou feia, de maneira que a ambiguidade está sempre a serviço do plano outro da vez.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="dkvd9" data-offset-key="cro9g-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cro9g-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span><span style="font-family: inherit; font-size: 14px;"> </span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-32360942977059711402019-12-05T19:06:00.000-03:002019-12-05T19:07:24.668-03:00O quase solecismo da memória<div class="" data-block="true" data-editor="8eh55" data-offset-key="boii6-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLFgMihY18jOx3jZ1lSzK6xhhQxTElWEdgNYEyT83LU5kh8eC6WBEMOQXW9GMXuXXG5Y15bB6BN_CVYBGWvrT7xI4PXdp0LxXYko9J6IKMhuNv70WpwfyJ4UqAhWyIND-8SZMW5Lb6njMg/s1600/antistrofe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="454" data-original-width="606" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLFgMihY18jOx3jZ1lSzK6xhhQxTElWEdgNYEyT83LU5kh8eC6WBEMOQXW9GMXuXXG5Y15bB6BN_CVYBGWvrT7xI4PXdp0LxXYko9J6IKMhuNv70WpwfyJ4UqAhWyIND-8SZMW5Lb6njMg/s320/antistrofe.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="boii6-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Ipsis verbis, por hoje estive a ponto de mergulhar na debacle, de maneira que não lembrava do nome da figura de linguagem que, aos olhos de Antônio Geraldo da Cunha, era vista como uma modificação de sentido na associação de certas palavras, pela repetição de tais em ordem inversa. A exemplificar, temos "a ausência de companhia" e "a companhia de ausência".</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Dessa feita, minha memória estava falhando e eu parecia seguir à deriva. De supetão, eis que achei, sem divagar, a tão escondida antístrofe, dantes lida como a segunda parte da ode antiga. Portanto, é crível afiançar que o vocábulo nasce do latim antistrophe, que advém do grego antistrophé, enfim, inversão da estrofe. E o fenômeno que relaciona "a ausência de companhia" com "companhia de ausência" foi descoberto.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Depois dessa efeméride, bem juro que me senti, como nunca houve, imerso num alto grau de inteligência, tal como de loucura, combinação mais do que louvável num país que avilta todas as possibilidades reais de aprendizado. Com isso, a companhia de ausência é sempre melhor do que a ausência de companhia. E viva a antístrofe. </span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="boii6-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano</span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-29616523811283102722019-11-21T18:49:00.000-03:002019-11-21T18:49:44.037-03:00Que triste para o Flamengo<div class="" data-block="true" data-editor="28cql" data-offset-key="4hhsm-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCIcR2yHRp9Ookr3SCw6DVbzehS1ecq0keKReq4Qa8wJINRTz0SIS58BeatzC2L-kkFx1Ob0OiHV9BeEr3osdqtSkmZVr09B-3UI6sOQcVzHx89OvdVR2MWB6UJd0tdguG7EPxAD0OY7j_/s1600/ludmilla_flamengo_andur-24.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="545" data-original-width="390" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCIcR2yHRp9Ookr3SCw6DVbzehS1ecq0keKReq4Qa8wJINRTz0SIS58BeatzC2L-kkFx1Ob0OiHV9BeEr3osdqtSkmZVr09B-3UI6sOQcVzHx89OvdVR2MWB6UJd0tdguG7EPxAD0OY7j_/s320/ludmilla_flamengo_andur-24.jpg" width="228" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4hhsm-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">À similitude do celular, atualmente utilizado para tudo, tirante para ligar, o livro, dantes usado com o fito fulcral da leitura, hodiernamente bem é consumido como um enfeite, papel de parede ou, vou além, fazendo as vezes de um cachorro. Sim, a Deborah Secco, na última eleição, levou seu livro do Nelson Rodrigues, notem bem, para passear e votar no Haddad. Rebus sic stantibus, a coleira até que nela cairia bem. Assim, quedê?</span><br />
<span style="font-family: inherit;">De mais a mais, e considerando que eu leio cerca de 30 livros por ano, o livro, para mim, não tem por especificidade apenas ser um ornato, haja vista que me auspicia avultado cabedal intelectual. À parte, hoje o prócer é um homem ignominioso, de maneira que bem vejo isso no jogo Flamengo x River, especificamente no Maracanã. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Desde anteontem, dentre vivos e mortos, eis que me chamam para acompanhar o prélio rubro-negro no Mário Filho, diga-se, com R$ 30 o ingresso e com shows dos analfabetos sintéticos Ludmilla, Buchecha, DJ Marlboro, Ivo Meirelles e o MC Poze. Paremos aí. Pensando eu que jamais teria o atrevimento de convidar um estudioso a algo assim, bem creio que o homem, na sua restrição, decerto vislumbra um livro como um apetrecho.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Demais disso, data venia, a pose hoje é um elemento de fortificação do brasileiro. Por conseguinte, gera ela a banalização, e, portanto, o aviltamento pessoal. Tudo é enxergado como tão-somente uma representação, e não como um objeto a ser indagado. Por fim, recordo aqui, Nelson Rodrigues e José Lins do Rego já vestiram a camisa do Flamengo, mas terminamos com um enaltecimento à Ludmilla. E isso é grave. E o Flamengo, o maior exemplo, é apenas o maior exemplo. Nossa cultura está à míngua. Estamos com febre. Febre! O triste, num país de Ludmillas, é um sujeito terminar um texto com uma "mera" anadiplose.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano </span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-742541858074637222019-11-14T09:26:00.002-03:002019-11-14T09:27:09.665-03:00A goleada do empate<div class="" data-block="true" data-editor="1s7jg" data-offset-key="b1dje-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOActIgn5Jm4JBDV1sutym7GoVebkAg3quAQo4sC1VXNweNBGkDnOHtbNOEZI2w_7HNo2xE8blOVr1IvRmqwNPbJ2m8p_e3iq0E8ZK-KZrokha-f7Gho3DfUOCML7efUb10Z678ONUN3Ls/s1600/ficha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1269" data-original-width="984" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOActIgn5Jm4JBDV1sutym7GoVebkAg3quAQo4sC1VXNweNBGkDnOHtbNOEZI2w_7HNo2xE8blOVr1IvRmqwNPbJ2m8p_e3iq0E8ZK-KZrokha-f7Gho3DfUOCML7efUb10Z678ONUN3Ls/s320/ficha.jpg" width="248" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b1dje-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;">Em qualquer escrutínio minimamente frio e racional, nota-se que o trabalho de Luxemburgo, mais do mesmo e com pouco repertório tático, é apenas compatível com o investimento do clube, de modo que, financeiramente, está sim a equipe à frente de dez times outros. A contrario sensu, jornalistas, torcedores e a própria diretoria tratam o desempenho como algo magnificente. Ah, mas ele pegou o Vasco na zona - dizem os inocentes. De fato, porque o trabalho anterior, além de não ser propício ao investimento cruzmaltino, era demasiado lânguido.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">De mais a mais, o mérito do Vasco, sobretudo na noite de ontem, tem sido jogar concentrado e com uma disposição sem igual. Fiquemos por aí. A propósito do Flamengo x Vasco, foi a pior partida rubro-negra, no quesito defensivo, desde a chegada de Jesus. Todos os gols do Vasco estão atrelados a erros, coletivos ou individuais, do setor supracitado. E não me venham os falsos pudicos mencionar que foi o melhor jogo do campeonato. De parte a parte, o prélio foi caracterizado por mais erros do que acertos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Grosso modo, vale chamar a atenção para o fato de que o Flamengo, irresponsavelmente, tem menoscabado equipes em situação ruim ou mediana, como foi contra a Chape, Csa, Goiás, Botafogo e Vasco, algo extremamente perigoso numa reta final. In terminis, mesmo sendo flamenguista, é deplorável ver um clube como o Vasco comemorando um empate, vindo aos trancos e barrancos, como se fosse um título mundial. O Vasco, vale dizer, não vence um jogo contra o Flamengo há anos, tal como uma final contra o mesmo Flamengo há décadas. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Para de fato fecharmos, fiquei acostumado, em minha infância, a ver o Vasco brigar por algo grande, e não celebrando campanhas medianas e um empate transcendental. No mais, a arbitragem foi boa e os destaques de ontem foram Yago Pikachu, que fez uma luzente jogada no segundo gol, e o Bruno Henrique, decerto o melhor jogador do país hoje. Fim. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Daniel Muzitano </span><span style="font-family: inherit; font-size: 14px;"> </span></div>
</div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4228695959391630582.post-90326953548807230882019-11-12T18:00:00.002-03:002019-11-12T18:00:30.022-03:00"Que mulher escorchante"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDI9CJCUgllby-ybcsaeKJXGazZGK1Oveeaj0UUZitjSdPpxEcMubVCxqpb9KKn_tfX3jaBN1K69EB6pr-N9ZAQllVjhD71Fq0kVt56oh-c-MXGxJ_YlbhaYzsiahDvhQwp5bK6PZVrDCg/s1600/51lp3XgirlL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="335" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDI9CJCUgllby-ybcsaeKJXGazZGK1Oveeaj0UUZitjSdPpxEcMubVCxqpb9KKn_tfX3jaBN1K69EB6pr-N9ZAQllVjhD71Fq0kVt56oh-c-MXGxJ_YlbhaYzsiahDvhQwp5bK6PZVrDCg/s320/51lp3XgirlL.jpg" width="214" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">Como tudo que temos visto, e rebus sic stantibus, hoje estive a refletir como o meu dia, em confronto com as massas, destoa sobremaneira. A propósito, fiz minha corrida habitual, corrigi alguns artigos, gravei um vídeo sobre certos étimos, tive um bate-papo acerca da possibilidade de a etimologia ser um método de alfabetização, malgrado haver para tanto muitos pontos, e, não menos importante, incuti Nelson Rodrigues neste final de tarde.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">A bem da lógi</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">ca, os anos de morte de Nelson superam meus anos de vida, ou seja, como pode, nessa singela antítese, existir tamanho entendimento entre nós dois? As teses, que página a página imerjo, tirante serem de feitios suntuosos, ficarão como segunda instância. Dado o relato, Nelson usou o vocábulo escorchante, e, perdido na foto de uma mulher excepcional, não pude ver qualquer lucidez feérica sobre a palavra. Afinal, o que seria escorchante?</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">De supetão, bem fui cortando os entornos da expressão, id est, o prefixo es- decorre de ex-, que por seu turno designa "fora". O sufixo -ante, "ação, qualidade ou estado". Restava desvendar corcha, que após consultas descobri que era "casca de árvore". Grosso modo, e etimologicamente, escorchante é a ação de colocar para fora a casca da árvore. Na definição atual, diz o Caldas: "que arranca a corcha ou a pele". Matamos a lógica, certo? Errado!</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">Por fim, restara ainda um senão, com o uso do mais-que-perfeito, claro. Por que Nelson chamou uma mulher de escorchante? O adjetivo evoluiu para "preço abusivo", e, por conseguinte, para " algo exorbitante". Agora parece que concluímos. Ah, escorchar provém do latim excorticare (descascar), embora outros digam que a origem esteja no espanhol escorchar (tirar a pele). Enfim, dá no mesmo. De mais a mais, posso antever meu próximo encontro com a mulher venusta: "é um prazer escorchante conhecê-la". Nelson, para todos os fins, é genial. E mais, valeu por hoje cada linha. E há quem goste de Chico Buarque, do Pasquale etc. Que Deus te perdoe.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1c1e21; display: inline;">
<span style="font-family: inherit;"><div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Daniel Muzitano</div>
</span></div>
Daniel Muzitanohttp://www.blogger.com/profile/12336256057032781559noreply@blogger.com0