domingo, 6 de janeiro de 2019

O lapso da disquisição

Embora há cinquenta décadas não fosse mais do que um impropério, hoje a toleima docente é regra, sobretudo quando o assunto perlustra estudos linguísticos e as mentes de gênios à moda João Ribeiro. Que sentimento outro posso oferecer, senão a qualidade do que é irascível? A contrario sensu, caminho resistente àquele culto à ignorância incutido até hoje nos "mestres" de Letras, com respeito à maiúscula.
Demais disso, folhas e mais folhas fizeram crer que Istambul, por mera burrice arábica, foi formada pela frase eis tên polin, ou seja, vamos à cidade. Desta feita, um árabe ouviu a frase e daí passou a chamar o lugar de Istambul. Entretanto, chovem explicações estultas feitas pelos professores abjetos de 22. Para dar luz à matéria, encerro com Itapuã, noutros tempos digna de elogio, designando, por motivos óbvios, pedra preciosa. Aos que criticam meu gosto antigo: estudo os mortos, pois boa parte dos vivos sequer nasceu.

Daniel Muzitano