quarta-feira, 8 de julho de 2015

Melhor que muita doutora por aí

Melhor que muita doutora por aí

Fico de todo estupefato para com a mendicidade de boa parte do povo, sobretudo da juventude. Em tempos de tanta magnificência tecnológica, o jovem - em sua maioria - trata os aspectos estúpidos como algo hodierno. A internet deveria servir não para joguinhos e músicas idiotas, tampouco para elevarmos assassinos esquerdistas, e sim para aprofundarmos o âmago da música clássica, obras literárias dignas como a de Nelson Rodrigues, poemas, debates políticos, fatores econômicos e etc. Claro que em meio à crise intelectual, sempre encontramos um ou outro que segue o que estou frisando.

Tenho debatido muitas pautas para com uma menina de 17 anos que conhece Nietzsche, já leu Fernando Pessoa, escutou Mozart e que tem algumas outras opulências. É nessas horas que noto o quão somos exíguos, parvos e lânguidos culturalmente. Ela - apesar de algumas infantilidades condizentes com a idade - possui uma primorosa perspectiva semântica. Todavia, o que deveria ser trivial, sim, infelizmente é exceção; uma garota com boa capacidade de agregar valor ao diálogo sob qualquer tema. Que você continue questionando, que aprimore seus conhecimentos, e principalmente, que saiba dar vida para com sua solidão; processo crucial para quem não se vitimiza como um fantoche debilitado. Encerro com Nelson Rodrigues para a menininha em questão: "Envelheça o mais rápido possível". Parabéns Carolina. É isso.

Daniel Muzitano

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