segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O que agora é provável


Eduardo Cunha, o novo presidente da Câmara, padeceu e muito para a ganhar a eleição que ganhou, e portanto, tudo leva a crer que não medirá esforços para extirpar a presidente Dilma do poder. O político do PMDB foi alvo de uma gravação onde membros do PT tentaram imitar a voz do mesmo a fim de que seu mandato fosse cassado tendo em vista que esse teria participado de um "esquema ilegal".

Pois bem, Cunha disse ontem que o pedido de impeachment de Dilma é descabido posto que todas as irregularidades foram exercidas no mandato anterior, ou seja, vamos esquecer do petrolão, da censura do marco civil, do trabalho de escravidão( Mais médicos), do histórico da presidente em ter sido ex-dirigente de um grupo terrorista, do pacto com ditaduras mediante o foro de São Paulo e etc. Alguns apostam que o discurso não passa de uma estratégia de Cunha. Espero que os que pensam dessa forma estejam certos. O peemedebista não precisa da presidente, já a presidente....pois é.

Que torçamos para que o Cunha não aja como um covarde, e que por sua vez, faça jus a sua independência como presidente da Câmara. Motivos não faltam para que o - espero eu propínquo - impeachment ocorra. E ainda que ele não venha, reitero que o Psol, PT e o PSB, partidos que concorriam com o citado, não levariam em consideração confrontar com os petistas. Ainda há alguma esperança. William Blake tem uma frase que define bem a vitória de Eduardo Cunha: "Antes não se imaginava o que agora é provado"; ao fim ficaria melhor o termo "provável" para a saída da presidente, mas a culpa é do PT e não de Blake. É isso.

Daniel Muzitano

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