Já não vejo mais tanto sentido em ir para os famosos blocos de carnaval cuja a cultura é extremamente pútrida, as pessoas; imbecis em sua grande maioria, e principalmente, não acho plausível o fato de eu me inserir num local em que o tido grau de normalidade é baseado para com o fato de me fantasiar de palhaço. Talvez isso tudo tenha mais nexo para os eleitores do PT. Carnaval definitivamente não faz mais parte da minha conduta. Nesta sexta-feira, tive a oportunidade de concluir isso após voltar de um bloco, e sobretudo, tive a certeza ao perambular por praças cheias de especificidades que marcam o evento em si.
Confesso que num tempo recente eu era aquele personagem presente e atuante nesse período, porém acho que atingi uma certa idade em que outros fatores estão à frente disso: seriedade, estudo, política, planejamento de vida, poemas e a busca infinita por uma mulher com o mínimo de maturidade, e portanto, notoriamente versada. Nada contra os seguidores e apreciadores dessa festa, todavia creio que hoje me apequeno participando desse tipo de coisa. Em suma, elaboro minha consecução com a célebre frase do grande Nelson Rodrigues: O brasileiro é um feriado. O carnaval - ao menos para mim- perdeu a palavra, ou melhor, nunca obteve. Nada como o tempo da poesia que faz da maior riqueza da vida, sim, o eterno presente colhido pela áurea das palavras. É isso.
Daniel Muzitano
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