quarta-feira, 2 de abril de 2014

O Brasil, uma ditadura

Breve gente seja dúvida. São quase quatros anos de pura escuridão. E de tão obscuro, encontramos a claridade em nossas almas. É como mencionava Pessoa: "Para viajar basta existir". Sigamos no incerto.

A ditadura continua

Muito tem-se falado no que diz respeito aos 50 anos do prólogo da ditadura de 64. Goulart abdicou e o poder militar prolongou seu regime por cerca de duas décadas. O que ninguém nota é que a força contrária, a dita comunista, está atuando nos palcos do poder neste mesmo tão agora. Dirceu, Genoíno, Dilma e a cúpula inteira do Pt, vêm se promovendo ao dizer que lutou contra a ditadura. Ao meu ver, o sistema ditatorial não possuiu em momento algum uma oposição em grau inteiriço.

A ditadura sempre equiparava todos, proibia todos, censurava todos. E mesmo nos dias de hoje, como pode alguém ainda criar o alarde recitando que a mesma tinha condutas de direita? Nunca houve uma direita no Brasil. A década de 60 se perpetua nos dias de hoje com o conflito esquerda x esquerda. E mais, mesmo com o aparato tecnológico, com os prelúdios da tão internet; o voto é obrigatório, o marco civil foi aprovado, o sistema do ecad vigora, fora o fato da educação e da cultura inexistirem. Isso não poderia ser concebido como ditadura? Não estamos completando 50 anos do ano que marcou a ditadura, e sim, 50 anos de ditadura; só que com entornos e especificidades um pouco divergentes da primeira. Não vejo diferença alguma entre a Dilma e o Castelo Branco.  Na música, no futebol, no carnaval, ou seja lá qual for o segmento, há ditadura. E é global, é de rede globo.

O nobre deputado Jair Bolsonaro exibiu um cartaz no parlamento ao qual dizia: "Obrigado aos militares, graças a vocês não viramos Cuba". Ele disse alguma mentira? Se os militares de fato tivessem perdido naquele dado momento, certamente estaríamos muito piores do que aquilo que estamos. Não sou a favor de ditadura alguma, seja no Brasil, seja em Cuba. Mas a esquerda que afrontava a ditadura e que se dizia adepta do "Proibido proibir", tinha como configuração ideológica o Che Guevara. Sem mais. "Eu amo a juventude como tal. O que eu abomino é o jovem idiota, o jovem inepto, que escreve nas paredes "É proibido proibir" e carrega cartazes de Lênin, Mao, Guevara e Fidel, autores de proibições mais brutais", Nelson Rodrigues.

Ortega Y Gasset para encerrarmos:


No Brasil, só se é intelectual, artista, cineasta, arquiteto, ciclista ou mata-mosquito com a aquiescência, com o aval das esquerdas.

Daniel Muzitano

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