quinta-feira, 17 de abril de 2014

A vírgula e o maldito Aristóteles




Breve gente seja dúvida. Agora quatro anos recém completos. Todas as grandes coisas devem usar máscaras assustadoras, a fim de se fincarem no coração dos homens", Nietzsche.

O texto postado no dia 15 de abril

A vírgula vicária
No tão ontem, a tida vírgula vicária me fora apresentada. Do papai Aurélio, o antes apelidado de pai dos burros, o termo faz alusão para com a repetição. Vírgula é um momento de pausa, e por conseguinte, reflexão. Vamos a um exemplo:
"O Flamengo estudou história. O Vasco, não".
É de notória que a vírgula preenche o papel do verbo, substituindo-o. E o que isso tem a ver com o clássico dos milhões? A priore nada. Todavia, depois de intensa reflexão, chegaremos a um denominador comum. Afinal, a repetição implica tão em erros de arbitragem. 
Muito tem-se falado com relação ao excêntrico erro da arbitragem que apitou o tão famoso Flamengo x Vasco. Os torcedores da equipe cruz maltina vêm estabelecendo suposições atrás de suposições. Acho que a multidão da colina tem todo o direito de ir em rédea para com críticas, como todos nós.
Tanto o Flamengo, como o Vasco, ou mesmo qualquer outra equipe, já foi prejudicada ou mesmo beneficiada com erros de arbitragem. Acima do equívoco da arbitragem, está a ineficiência, a falta de perspicácia da instituição Vasco da Gama que desde 1989 não sabe o que é vencer o Flamengo numa final. Será que de lá pra cá todos as partidas foram injustas? A arbitragem compactua há quase 25 anos em prol do Flamengo nas finais? 
O Vasco teve erros de gestão com o Eurico, e um detrimento um tanto quanto exacerbado do tal ídolo Dinamite. Administração que por sua vez, faz jus ao sobrenome do mesmo, afinal, Roberto definitivamente explodiu o Vasco no pior sentido da palavra.
Nota-se que o torcedor fanático não apresenta discernimento semântico para compreender que o problema da arbitragem pode ser facilmente resolvido. Primeiramente a profissão deve ser regularizada, e não tratada como algo meramente diletante. Para quem não tem ciência, o árbitro hoje não se mantêm apenas com a respectiva profissão; o que não lhe permite total dedicação ao exercício do trabalho. 
Não há critério por parte da federação, não há garantia salarial, não há sequer exame antidoping ou preparação física adequada para os tais árbitros. Penso além, toda a cúpula deveria se submeter a exames de visão de forma amiúde. Será que é tão difícil estar circunspecto para com esses fatores? É como Nietzsche frisava: "O fanatismo é a única forma de força acessível aos fracos". 
O Vasco necessita antes de tudo, de uma vírgula vicária. Quem sabe com isso emana em si uma simples reflexão sobre o que se passa consigo, e com todo o putrefato contido nas federações, nas arbitragens, e em suma, no futebol deste país.




Sabemos que ontem o Vasco fora beneficiado pela arbitragem em partida válida pela Copa do Brasil. Pois é. E tende a continuar o problema, bem como outros de faculdade gravíssima. Marco Polo Del Nero irá obter o cargo de presidente da cbf em meados de 2015. A festa se perpetuará.

"Nossa razão pálida esconde o infinito das coisas", Jim Morrison.



Maldito Aristóteles

O movimento platônico- socrático - aristotélico, tendo a incumbência ou não, acabou por violar os valores propostos pela realidade, e em aversão, disseminou o caráter dogmático. Como tais especificidades, podemos citar o princípio da não contradição, o outro mundo, o nada é, dentre outros pontos.

O primeiro por exemplo se traduzia desta forma: Dadas duas proposições, uma é necessariamente verdadeira e a outra falsa. O segundo, de notório similitude : Tudo deste mundo é irreal, a prática das ideias é que é válida, portanto, o mundo das ideias. E por último, não menos parvo: "Só sei que nada sei".

Platão separa teoria de prática. Pensar não seria uma prática do pensamento? Se você elimina o real, de que modo irá raciocinar? Tem nexo? E se uma é verdadeira e outra falsa, nunca existirá terceira opção em nada? Não poderíamos nós, errar num ponto e acertar em outro simultaneamente? Será que somos tão restritos assim? E se o tal Sócrates sabia que nada sabia, ele não sabia alguma coisa? Pois é. E o modelo padrão filosófico obedece a essa linha já citada. Lembrando que antes dos três emanarem, houve o ponto de luz dos pré- socráticos, dos pré-sofistas e dos sofistas. Teoria e prática ao meu ver, são indissociáveis.

É impressionante como os "Mestres" tendem a se liquefazer. Ontem mesmo, em meio a aula de semântica da minha benigna pós graduação, eis que me surge duas frases do Aristóteles. Uma, já fora dissecada com meu questionamento do parágrafo anterior: "Os teóricos devem se afastar dos fazeres". A segunda era esta: "Só é inteligente quem tem memória".

Não questionar angustiar-te-à como breve. Mas sigamos batendo-o. Será que a memória é o único tipo de inteligência? Todos os estudos comprovam que há uma série de inteligências. A maconha por exemplo, prejudica ao longo dos anos a memória. Será que o Cazuza, o Frejat, o Morrison e tantos outros são 100% burros? E quanto a criação? Ah sim, não existe né. Afinal, deve está situada no mundo das ideias. Faça-me o favor. E um bando de octogenários aplaudindo os três mosqueteiros sem sequer saber do que se trata, ou pior, sabendo do que se trata. Contudo, enaltecendo seus valores religiosos. Está um tanto quanto árduo em. Eu não consigo.

Daniel Muzitano.

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