O diabo pode citar as escrituras quando isso lhe convém. Essa exorbitante frase de Shakespeare é auspiciosa para que comecemos a tratar de um assunto que merece uma descomunal atenção. Não é de hoje que o nosso pífio cinema justifica ideologias criminosas de esquerda - desculpe a redundância - produzindo filmes como o do Lula, O que é isso companheiro?, Lamarca, Zuzu Angel, Cara ou Coroa, Boca, Marighella e tantos outros. Doravante, esse comportamento fétido lamentavelmente tende a prosseguir. O homenageado da vez - mediante um novo filme - é o senhor Osvaldão, antiga liderança do Pc do B e marxista, felizmente morto pelos militares na guerrilha do Araguaia.
Como de praxe, pasmem, a esquerda à época tentou tomar o poder na região em questão por meio da luta armada. O tal Osvaldão, que é e será tratado como herói mais uma vez, era delinquente, simpatizante de ditaduras como a cubana, amigo íntimo do petista Genoino, e principalmente, um assassino ao pé da letra. Todavia, nada disso importa haja vista que o dito-cujo é visto por muitos - inclusive por inúmeros professores - como um emblema para com a liberdade, a democracia e a justiça. Ninguém que apoia ditaduras ou pega em armas para tomar o poder merece ser exaltado; seja lá quem for.
Ademais, vale frisar que entendo que o papel do exército foi, é e sempre será o de manter a ordem e impedir que sejamos tomados por terroristas e afins. A função das forças armadas, a meu ver, não é estar à frente do governo, e sim dilacerar aqueles que não pregam a decência e os bons costumes; ainda que preciso for usufrua de armas para tal. Pois bem, quero aqui repudiar alguns sites ligados ao Vasco da Gama que, sim, tratam o personagem citado como um exemplo para a sua história; para quem não sabe, o marginal foi pugilista do clube cruzmaltino.
Em suma, é incabível uma instituição de tamanha grandeza como é a do Vasco sublevar um infeliz dessa têmpera. É dever de todo cidadão de bem, sobretudo do torcedor do Vasco, renuir esses tipos de gente e de conduta por parte de sua agremiação. É evidente que o Vasco não pode apagar essa mácula presente em sua bela história, mas rever seus conceitos é parte crucial de uma equipe que chegou a conquistar a América certa vez. É preferível ser rebaixado centenas de vezes a ter idolatria por um bandido ditatorial. E é importante preludiar, todos os clubes deveriam condenar tudo aquilo que suja, do ponto de vista ético, o seu passado independentemente dos ricos capitólios que esses trouxeram ao mundo. O Brasil não pode ser grande apenas no sentido regional da palavra. É hora de agirmos. É isso.
Daniel Muzitano
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