terça-feira, 12 de agosto de 2014

É graças aos imbecis



Fico de tão atônito ao me deparar com o tratamento do público no que tange ao suicídio do fulgente ator Robin Williams. Poderia o mesmo pôr em debate questões como as drogas, a educação, o teatro, o cinema, dentre outras especificidades. Todavia, o único algo que as pessoas têm a oferecer são postagens deste particular: Cara, o Robin morreu? Não idiota. A mídia num todo está postando de sacanagem. Não só morreu, como deveria levar a todos que publicam aspectos dessa natureza.

No entanto, eu deveria levar em consideração o que disse uma vez meu célebre amigo Luiz. Dizia ele: Pessoas idiotas fazem coisas idiotas. Sim, não podemos esperar de um imbecil, nada além de sua imbecilidade. Em todo caso, creio que todo assunto é uma oportunidade ímpar de assimilarmos algo que sirva de combustível ao nosso saber.

Por que tantos famosos usufruem do caminho das drogas? Por que as instituições nacionais não abordam o tema desde cedo? Qual o legado Robin deixará como ator?  Se caso tivéssemos pessoas que criassem algo de útil como essas perguntas, talvez Robin ainda estivesse aqui. A meu ver, o mesmo se matou por igual razão a todos os outros gênios que seguiram o mesmo ato. Logo, por não aguentarem um mundo composto de tanta gente burra, ou melhor, perceptivelmente néscia. Baseado em Hemingway, o silêncio é de fato um brilho: "Para aprender a falar são precisos dois anos, para aprender a calar são necessários sessenta".

A burrice é uma tortura aos olhos da genialidade. E para elaborar minha consecução, queria aqui frisar que me senti lisonjeado por ter sido citado pela mulher do ator já mencionado; ainda que a mesma sequer me conheça. Palavras da mesma: Robin deve ser lembrado não pela sua morte, e sim por tudo que fez de bom enquanto vivo. Vale recordar: "O que importa não é a causa da morte, e sim, a causa da vida".

Daniel Muzitano

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