“Acho o Brasil um país infecto. Não tem atmosfera mental, não tem literatura, não tem arte; tem apenas uns políticos muito vagabundos e razoavelmente imbecis ou velhacos". Drummond é de fato pulsátil para com vários âmbitos de cunho completamente distinto. A crítica adotada em uma exímia musicalidade, sim, encaixa perfeitamente numa esfera de verrina se levarmos em conta a fortificação de escolas literárias com intenso viés de esquerda, sobretudo no modernismo de Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos e José Lins do Rego. E quanto ao autor que serviu de preâmbulo para este simples texto? Podemos dizer que para toda regra decerto há uma exceção.
Prosseguindo, e portanto, sem mais delongas, parte da MPB com seus Chicos e Caetanos, nosso teatro infestado de ratos petistas, e nossos jornalistas do Estado refletem o mar podre que virou Copacabana, a ditadura no meio artístico, e principalmente, o cômodo silêncio de alguns muitos antes denominados democráticos. O Brasil, podemos inferir que num coma intrínseco, sobrevive com dificuldade mediante poucos de bem que conseguem visualizar o quão nociva é a nossa própria realidade. Enquanto a Argentina vai para o segundo turno, estamos sei lá em que round. É isso.
Daniel Muzitano
Nenhum comentário:
Postar um comentário