quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ouvido ou olvido



Diante da poesia, o obscuro se faz. Com tantos mares e marés que circundam nosso tempo, seja diante do futuro ou mesmo do pretérito, o brasileiro cisma em criar o maldito hábito de ter para consigo, heróis.

O critério para que o povo eleja um herói é simples: Basta que o mesmo se pareça com ele. Por exemplo, o nosso bravo David Luiz. É impressionante como a plebe se encantou com o rapaz durante a copa. Muitos o defendem do vexame pelo qual a seleção brasileira passou. Sendo ele responsável por inúmeras falhas; tanto de posicionamento como técnicas. Contudo, pouco importa para o povo, desde que ele tenha bom coração.

Há ainda os casos no âmbito político, tal como os black blocs. Aliás, a musa dos mascarados, aquela cujo conversa com Freixo e companhia. Foi presa ontem após ter sido flagrada com armas de fogo. Bem como com a acusação de estar incitando a violência no que diz respeito para com manifestações que devem acontecer neste hoje. Claro que estou mencionando a imbecil da Sininho.

Sujeitos como o Freixo, a Sininho, ou seja lá qual for o animal. São tratados como heróis por adotarem um tom revolucionário, no mesmo instante que utópico. Aquele semblante de que o mundo é injusto e que temos que mudá-lo. Com a velha receita de ter uma bandeira interessante. Tais adotam a velha tese de Maquiavel: Portanto: Os fins justificam os meios.

É por existir esse tipo de pensamento que Adolf Hitler dominou o mundo um dia. O até então nazista pretendia recuperar a Alemanha economicamente. Por tanto, tratava-se de um belo fim. Mas, fazendo parte do meio para atingi-lo haviam as perseguições, as torturas, e por corolário, as mortes. E qual o discurso dos black blocs no que tange atingir o fim?

Queremos mais educação, mais saúde. E qual o meio que utilizam para se obter? Violência, terror, morte e por ai vai. Então, caro leitor. Os fins não justificam os meios em lugar algum. O povo em mais um episódio de sua história, contempla e batiza esse tipo de coisa como um ato de heroísmo. Pessoas como a vagabunda da Sininho devem ser presas, e sem dó.

No que prima o título do meu texto. Assim o elaborei em resposta a um imbecil que veio me atacar com ofensas. Estava eu em mais um dia poetizando. Até que decidi usufruir do termo "Olvido". De repente não mais que de repente, eis que me surge um sujeito regurgitando: "Seu burro, olvido é com u". Sim idiota, quando eu estiver fazendo menção a parte do corpo cujo ouço. Entretanto, quando não. Olvido com L terá o sentido de abandono, o que por sua vez era o caso.

Esse conflito de Olvido x Ouvido explica tudo que foi frisado até dado momento. O povo não se sente ouvido, por isso se sente olvido. E quando surgi qualquer conto de fada com uma boa finalidade. Pronto, é a heroína. E em mais uma vez Brecht me auxilia: Triste é um país que precisa de heróis.

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