segunda-feira, 5 de maio de 2014

Poema


Breve gente seja dúvida. "A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem", Nelson Rodrigues.

Porta inefável

Entre Rimbaud e o tempo, 
o palácio tormento de aglutinar a vida. 
E da lamúria que jamais escrita, 
somos dois sóis,
em uma enervada solidão.

Henry Miller lia páginas,
imperava o longínquo acústico da calma.
Segundo ele a que de tanto esmeralda, 
devemos ler para oferecer à nossa alma,
 a oportunidade de se ter luxúria.

Retratos realçam aspectos,
traços enérgicos que estão além da nossa imaginação.
E o problema do amor era este,
o fato de ninguém decifrar dois ontens,
 em um tão amanhã.

De tudo a um amor passado,
do irreparável ao inexprimível.
Desse todo ar a que inefável,
éramos duas solidões escuras,
em busca de luz. 

Daniel Muzitano

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