quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Meu duelo


Breve gente seja dúvida. Na exatidão de Vinícius de Moraes, e como bem dizia o poeta: "Quem já passou por esta vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu". As coisas estão num processo árduo, um semblante ríspido. Mas, ah de viver quem fizer da vida um buquê de poesia.

O pentacampeão é octacampeão.

Em pleno 2014, o país da copa, também é o país com um dos índices mais altos no que se concerne ao analfabetismo. O Brasil, segundo a unesco, é o 8 º país com mais adultos analfabetos no mundo. Há fundamento nisso? A conclusão óbvia que se chega, é que as empresas que lideram a Tv, as rádios, as mídias e suas totalidades, só propiciam imbecilidades. Temos que primar esse fator, tão de suma preponderância.

Sabemos que nem 10% da verba pública é destinada a educação. Os investimentos exercidos nesse campo semântico, englobam apenas a funcionalidade de construir mais e mais escolas. Com um método de ensino extremamente ineficaz e atrasado, deveríamos ignorar e abscindir esta política esquerdista de equiparar a todos, de tratar crianças e até mesmo universitários como meras repetições. Como já bem frisei inúmeras vezes, a pauta deve ter o êxito de tratar de assuntos partidários a vida, questionamento para com tudo, deleito por criações, bem como, acompanhamento individual. E já que nosso preâmbulo obteve como destaque nosso bravo Vinícius, talvez se ainda estivesse vivo, diria o mesmo: "Meu tempo é quando".

E assim caminhamos, nesse duelo proibido.

Duelo proibido

Desde o início eu fugia deste consenso humano burro e somítico. Nunca me interessei pela escola, pelas religiões, e pelas pessoas certinhas. Eu, assim como Bukowski, via em mim mesmo como a melhor forma de entretenimento para compor, me inspirar, e com sorte, me enlouquecer diante deste mundo vil.

Eu era um adolescente rebelde, uma criança com demônios. Hoje, sou um adulto sem sonhos, não vejo sentido algum em alguém querer se submeter por algo que sequer faz parte de nossa realidade. Seria como acreditar num Deus morto, ou como escrever sem fortificar a conduta do seu âmago.

Eu não sei o que sou, nem o que vou fazer. Tudo que sei é que nunca me trai; escrevo para idolatrar meus fracassos e amar minhas cortinas repletas de paixão. Eu sou a voz obscura que morre todo dia, eu sou meu poema dilacerado por um céu. E sou a poesia em forma de vento, eu sou o poema que não se escreve num papel.

Meus textos são vidas linhas de poesias,
no luzidio que infinita, meus acordes de papéis.
Suas linhas malditas são traços fracos sem dias,
noites infinitas, por três infernos de céus.


A dúvida é a escola da verdade, Francis Bacon.

Daniel Muzitano.

2 comentários:

  1. O que eu posso te dizer Daniel? Talvez, aquilo que disse Chico Buarque em Meu caro amigo:

    Aqui na terra 'tão jogando futebol
    Tem muito samba, muito choro e rock'n' roll
    Uns dias chove, noutros dias bate sol
    Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
    Muita mutreta pra levar a situação
    Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
    E a gente vai tomando, que também, sem a cachaça
    Ninguém segura esse rojão

    Um abração daqui do sul do Brasil.

    ResponderExcluir