quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Confiscado
Breve gente seja dúvida. "Se o mundo fosse um trem, a vida uma passagem, se deus existisse e eu me encontrasse com ele, eu devolveria o bilhete", Dostoiévski. Navegar é semear as veias no sangue.
Manifestações
Revogadas as manifestações do ano que se foi, algumas já começam a retroceder ainda que vagarosamente. As inaugurações de alguns estádios da tão Fifa, estão sendo marcadas por cânticos de protestos. Alguns estádios, claramente nomenclaturados como elefantes brancos, vem possuindo uma olhar mais crítico para os manifestantes. A arena das Dunas em Natal por exemplo, é uma ótima referência no que tange ao termo dos elefantes brancos. Não vou entrar na questão "Desvio de verba pública", até porque não há mais nada a se fazer quanto a isso, senão caçar, como também cassar, todos os envolvidos.
O que será a arena das dunas depois da copa? Qual a relevância desse estádio para o futebol brasileiro? Que clubes lotarão a tal arena em Natal? Ah, mas existe a possibilidade de shows. Ok, o governo realizará shows todos os dias? E quanto a manutenção do estádio, os custos para se manter e etc? Não precisa ser um gênio para concluir que um não compensa o outro. E não é só Natal. Podem se aglutinar a Natal, cidades como Brasília, Cuiabá e Manaus. Toda indulgência é inepta. Os mesmos que triunfavam a conquista do país ser escolhido sede, hoje, e apenas hoje, apresentam essa lamúria sem o mínimo de intuição política.
A formação dos clubes pequenos no Brasil
Ao contemplar o pífio jogo entre Flamengo e Volta Redonda, estive a me perguntar sobre os clubes tido como pequenos. Do ano 2000 para cá, com exceção de alguns clubes de São Paulo, não houve um clube pequeno com uma campanha considerável, ou mesmo significante, em qualquer campeonato deste Brasil.
Poderíamos citar o Santo André, o Paulista de Jundiaí; campeões da copa do Brasil em 2004 e 2005 respectivamente. Poderíamos citar a Ponte Preta, vice campeã da copa sul-americana em 2013. Mas o exemplo mais significante talvez seja o hoje morto, São Caetano, carinhosamente apelidado de azulão. O clube já obteve o segundo lugar no campeonato brasileiro em duas ocasiões, fora o vice na libertadores em 2002, e obteve a conquista de um campeonato paulista nesse tempo.
Evidente que o calendário impróprio, a ausência de agenda, fora outros tantos problemas que envolvem os clubes pequenos, não podem ser menosprezados. Fato é, com tantos clubes pequenos neste país, por que praias só o estado de São Paulo consegue algum brilhareco? Seria uma gestão melhor? Um trabalho mais assíduo? Também não importa, porque nem São Paulo consegue manter esses clubes num patamar considerável. Todos os citados aqui, ou estão em situação putrefata hoje, como é o caso do São Caetano, ou oscilam entre a primeira e a segunda divisão, como é o caso da Ponte.
E lembrando que, até o tal São Caetano, só conseguiu o que conseguiu, porque foi convidado para jogar a série A juntamente com o Fluminense e outros em 2000. Num golpe aplicado por Eurico Miranda e a cúpula da Cbf. A tática era fazer subir a equipe das Laranjeiras, nem que para isso, fosse necessário modificar o regulamento, como fora alterado. O curioso é que o responsável pela desorganização do campeonato de 2000, era o principal dirigente do clube que se sagrou campeão, logo, o Vasco da Gama. Não há preocupação por parte de nenhuma entidade, fazer dos clubes pequenos uma esfera fortificada. O que é lamentável. No Rio de Janeiro por exemplo, um clube como o América ou o Bangu, na situação em que estão, é muita falta de competência. Mas é isso aí, viva o esporte, viva a Cbf, viva a Copa do mundo.
Daniel Muzitano
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