O ator Lázaro Ramos, um dos mais famosos no Brasil atualmente, disse que faltam referências negras em princípio para as crianças. É mais um caso de um estulto milionário que usufrui de sua origem paupérrima, e sobretudo de sua cor, para continuar atraindo o grande público dos idiotas úteis. Esse discurso infantil de se fazer de vítima gera tanto dinheiro que até quem não é negro e pobre, sim, segue o vil raciocínio em questão. Sem mais delongas, o "artista" ainda disse comprar contos infantis para o seu filho cujos heróis são todos negros.
Antes de tudo, será que cobrar referências negras só pelo fato de elas serem negras não seria um ato racista? Afinal, o racismo implica pauta de supervalorização de uma raça sobre a outra. No instante que o dito-cujo compra livros tão somente de heróis negros, e principalmente, regurgita de modo veemente que precisamos de ídolos negros por serem negros, grosso modo, esse comportamento não seria algo racista? Os brancos e as demais raças não podem se autodenominar discriminados perante essas práticas citadas? Penso que ouvir um músico, admirar um escritor ou qualquer outro ser humano levando em consideração apenas a cor, além de ser uma especificidade parva, é também um demasiado despautério.
Não ouço Cartola porque ele é negro, tampouco ouço a Janis Joplin porque ela é branca. Nós devemos focar no valor que cada um possui independente de qualquer adjetivo. Seja por cotas ou por vitimização, no momento em que menosprezo a capacidade intelectual de um negro diante de estorvos que o próprio enfrenta, indubitavelmente estou elaborando a maior forma de racismo que existe. Ninguém pode usar a cor como desculpa para o fracasso, para a barbárie ou seja lá para o que for. Para finalizar, espero que os fãs do senhor Lázaro Ramos criem vergonha na cara e parem de acreditar que ele ainda é pobre e vítima da sociedade. A meu ver, deixou de ser um bom ator e passou a ser apenas mais um babaca que lucra com todo esse deletério. Se o Lázaro acredita na sua própria fala, considerando que é rico hoje em dia, pode ser denominado como a maior das contradições. Encerro: "A universalidade desenvolveu todas as capacidades, inclusive a estupidez", Anton Tchekhov. É isso.
Daniel Muzitano
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