quinta-feira, 16 de abril de 2015

Qualquer coisa é

Acabo de ter ciência do caso de um travesti que supostamente agrediu uma idosa e mordeu a orelha de um policial. Por esses motivos, o cidadão foi preso , e, segundo alguns, teria sofrido maus-tratos dentro da prisão. Perante isso, há uma forte manifestação em defesa desse sujeito pelas redes sociais. O público alega que o indivíduo foi vítima de homofobia. Em suma, é totalmente inverossímil o patamar que este país atingiu. Rememorando Baudelaire: "Aos olhos do gênio, o público é um relógio que se atrasa". Vamos para mais uma história curiosa.

Jair Bolsonaro, deputado eleito por milhões de cariocas, foi condenado por crime de homofobia ao ter dito que por ser um pai presente, não correria risco de ter um filho homossexual, e sobretudo, não participaria da parada gay para não promover maus costumes e por acreditar em Deus e na família. Qualquer fator agora é motivo de homofobia. A meu ver, uma pessoa homofóbica é aquela que mata, rouba ou espanca alguém só pelo fato de a mesma ser gay. Contudo, eu não sou obrigado a gostar, aceitar ou concordar com um gay. O direito de expressar uma opinião contrária deveria ser assegurado por nossa constituição. E - mediante essas histórias - concluímos que não é isso que ocorre.

Não trato o homossexualismo como modelo exemplar. Alguém pode concordar ou discordar disso, mas formular pontos adversos ao lábaro gay é hoje um sinal de homofobia. Se você é contra a opinião de um gay, sim, automaticamente será rotulado de homofóbico. Você não tem mais o direito de se opor a ninguém pela esfera do pensamento. Se você discrepa, logo pagará caro. É patético. Para encerrar, alguns dos padroeiros do travesti procuraram saber sobre o estado da senhora que foi agredida? Essa sim deveria ser glorificada. Afinal, travesti ou não, um delinquente a espancou sendo ela uma senhora demasiado indefesa. Fecho aqui o meu texto com o receio de amanhã responder por crime de homofobia. É isso.    

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