Um homem que declamava, que atuava e que dirigia. Abujamra era um literato épico posto que desenvolvia dúvidas, dignificava culturas, e sobretudo, apresentava o silêncio e a solidão como formas de enaltecimento para com a beleza. Estou um tanto quanto lôbrego por depreender o quão o país perderá com a morte do sujeito cujo me apresentou autores como: Nietzsche, Schopenhauer, Brecht, Baudelaire, Rilke, Artaud, Artur Azevedo, Thomas Bernhard e tantos outros.
Antônio Abujamra, falecido hoje com os seus enrijecedores 82 anos, foi um diretor que andejou para com a auréola luzidia dos gênios. Suas "Provocações" na Tv Cultura não serão esquecidas no tempo, tampouco extirpadas de nossas mentes que sempre navegaram no incerto como promulgava Blaise Pascal. A individualidade resplandecedora - ainda que não exista vida após a morte - encontrará a companhia no relógio da eternidade. Por fim: "A solidão nunca me deixou só", Antônio Abujamra. Mais uma vez, obrigado ao mestre de todos nós.
Antônio Abujamra (15/09/1932 - 28/04/2015)
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