No minueto político, o nosso povo esquálido segue pari passu. A saber, povo é palavra advinda do latim populus; termo, portanto, indicando "multidão". Estive por ontem ocupando parte de meu tempo a entender o porquê de a população ser, digamos, tão abjeta em seu QI. Dado o fato, notei que uma piada pobre - ainda que feita por alguém sério - sempre vencerá opiniões acerca de assuntos de responsabilidade maior. Para tanto, eu mesmo me coloquei como exemplo, uma vez que fiz vídeos relativamente engraçados que alcançaram mais da metade de minha rede social. Em contrapartida, textos como esse não possuem mais do que 3 ou 4 espectadores.
Por essa, compreendo o escorreito pensamento de Nelson Rodrigues: "O povo é um débil mental. Digo isso sem nenhuma crueldade. Foi sempre assim e assim será, eternamente". Embora assim seja, lembrei das eumênides, pois Lula virou réu pela sexta vez. Segundo Rocha Pombo, para eumênides os gregos chamavam certas divindades subalternas encarregadas de atormentar a consciência de culpados, por exemplo, como Lula. Vindo do grego, o vocábulo deriva de eumenis; expressão, então, com as somas de eu- (bom/bem) e menis. Para menis, talvez signifique menor. Aliás, pensei muito em trazer a discussão à tona. Entretanto, a piada vencerá; as eumênides da mitologia grega, não. Lula segue solto. Temer segue presidente. E o povo segue com piadas. Logo, a culpa é da multidão. É isso.
Daniel Muzitano
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