quinta-feira, 20 de julho de 2017

O triste fim do Linkin Park

De exórdio, promulgo que quiçá haja uma sinonímia, a crer, coadunando a minha adolescência e o Linkin Park. De há muito, quase dois decênios, tive o primeiro contato com as músicas do grupo. Dentre tantas, sublinho Crawling, In the end, From the inside, New divide e Numb. À guisa de ver, o Linkin Park talvez tenha sido a única banda a adstringir o rock, a música eletrônica e o hip-hop. Acerca do suicídio de Chester Bennington, diversos são os motivos. Poucas, suas explicações. Quando criança, o cantor sofreu abuso sexual. Por corolário, viu nas drogas e no álcool uma possibilidade de fazer do trauma, claro, algo não mnemônico. A isso, soma-se o suicídio recente de seu grande amigo Chris Cornell; cantor, então, que, coincidentemente ou não, faria aniversário hoje.
Dado o exposto, há outrossim algo que é trivial aos que são demasiado famosos. A saber, e parafraseando Hemingway, sentem eles uma enorme solidão, embora nunca estejam sós. Como adendo, podemos considerar o fato de o conjunto ter perdido os holofotes, haja vista que tantos não sabem lidar com a queda. Grosso modo, todas essas mazelas vão ao encontro da mais solitária depressão. Como para tudo recorro à etimologia em busca de respostas, depreciar provém do latim depretiare. Ou seja, o de- que significa negação. E pretiare, preço. Houvesse uma explicação assim para a aula da depressão de 29, decerto, melhor entendimento haveria. Por fim, e somados os fatos, Chester Bennington quem sabe pensara que não tivesse mais valor; algo, a meu ver, farisaísta. Assim como para a produção de meu senso crítico, Chester foi importante para todos os dignos de minha geração. Infelizmente, tarde parece qualquer tipo de consideração. Ao músico, que fique com Deus e que exista um fulgor portentoso à sua volta. Ao Linkin Park, um lugar eterno em minha adolescência. É isso.

Daniel Muzitano

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