quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Os coronéis (MAIS UMA PORRADA EM CHICO, GIL E CAETANO)

Vivo fosse Nelson Rodrigues, as "lágrimas de esguicho" - sua exímia expressão - seriam justificadas, bem como possuiriam um sentido antológico; sobretudo perante a ditadura musical pela qual vivemos. Conquanto seja mais do que necessária a reflexão, exaurido de retumbar o assunto nitidamente estou acerca. A entender, procurá-lo-ei ser claro e sucinto, uma vez que de início afirmo que Chico, Gil e Caetano são os três maiores filhos da puta de nossa história cultural, ou melhor, anticultural.
Dito isso, Antenor Nascentes explica que o vocábulo coronel, a ver, advém de "coluna", dado que era o título para quem comandava uma coluna do exército. Para tanto, a origem latina columna tem como um diminutivo colunelo; fonética, claro, muito similar à de "coronel". Em síntese, coronel era quem mandava em uma coluna inteira. Como fora citada em tantas ocasiões, a ditadura em questão tem início lá na semana de 22, seguida fidedignamente pela Tropicália. Assim sendo, movimentos tais pretendiam tão-somente a uniformização de pensamento.
Ademais, os prezados coronéis construíram a máfia do dendê. Em suma, uma perseguição veemente àqueles jornalistas que ousavam promulgar críticas para com os citados. Ao fato, somados são o ingresso de Gil ao ministério da Cultura, a mulher do Caetano ser dona do mainstream cultural (sob a lógica da Lei Rouanet) e a continuação de toda a lama de horror com vitórias seguidas do PT. Sigamos a decodificar a relação coluna-coronel.
Por consequências deveras, jornalistas caudatários em relação ao esquema, novos "músicos" reféns da quadrilha (com o intuito do sucesso), uma juventude absolutamente palúrdia; tratando os três imbecis como deuses escorreitos etc. Como óbvio ululante - outra expressão rodriguiana -, músicos de diferentes gêneros, atores e políticos, sim, amiúde visitam os três coronéis; principalmente na casa "comunista" de Caetano, vírgula, em Copacabana. Não à toa, nem um artista sequer que fez sucesso, levem em conta os últimos 15 anos, pasmem, moveu um verbo contrário aos mencionados. Não obstante toda a história, surgem ainda idiotas querendo me convencer de que há uma "importância" positiva nos três merdas, a título de condenados por este que vos grita. A seus defensores, com o perdão do palavrão: vão tomar no cu. É isso.

Daniel Muzitano

Nenhum comentário:

Postar um comentário