Não fosse do PSDB, bem como tivesse o Alckmin como padrinho, João Dória seria imaculável. Em pouco tempo à frente da prefeitura de São Paulo, o dito-cujo abriu mão de seu salário, melhorou o atendimento em hospitais, privatizou setores importantes, vem implementando projetos cruciais para a área de cultura, acorda cedo, pune com multas os atrasados de sua equipe, e, sobretudo, debela a banalização da arte.
Atentemos para com o último item, uma vez que Dória travou uma guerra contra pichadores vagabundos, perdão pelo pleonasmo. Antes de tudo, muitos alegam que o piche é uma arte e/ou um processo cultural. Segundo o dicionário, e a definição de cultura é similar, a arte é a capacidade e aptidão do ser humano de aplicar conhecimentos e habilidades na execução de uma ideia ou de um pensamento.
Isso ocorre em uma pichação? Que ideia é expressada nesse tipo de "manifestação"? Vou além, que tipo de conhecimento há nessa "atividade"? Esses imbecis escrevem piche com "X". Em suma, são analfabetos, e, por isso, incapazes de avaliar uma pintura de Dalí, tal como um verso de Camões, dois exemplos dentre tantos. A banalização da arte fere o préstimo e o mérito. Afinal, se pensarmos no pichador como artista, ele terá a mesma importância de um Dalí. Por essa equiparação burra, certos leprosos mentais ganham um espaço que decerto está acima de sua "inteligência". Por essas e outras, um Tico Santa Cruz ou um Sakamoto viram gênios. Por fim, todo o meu apoio a João Dória. Sejamos contra a banalização da arte.
Daniel Muzitano
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