À medida que passei a me interessar e acompanhar a conjuntura política, e isto de um modo veemente, tive em Reinaldo Azevedo uma espécie de referência. Assim sendo, nos anos de 2013, de 2014 e de 2015, decerto, o dito-cujo ainda era digno de muito respeito, pelo menos de minha parte. Amiudadamente, este que vos fala aplaudia o fato de ele bater no PT, no Psol e em alguns à esquerda. Efeito disso, Reinaldo era - e eu não havia dúvidas sobre - um homem com ideais de direita.
Horas mais, e de modo estranho, Reinaldo passou a formular críticas duras a certas lideranças de direita. Dentre tantas, Bolsonaro, Trump e Olavo de Carvalho. Outrossim espantoso, defendeu com unhas e dentes todos os chefões do PSDB; sigla, portanto, de esquerda. Ademais, passei a me perguntar por que razão Reinaldo não saíra da Veja, uma vez que quase todos de direita foram expulsos no instante em que a direção mudou.
Em suma, foram dúvidas e mais dúvidas cujas respostas não vinham, pelo menos para mim, sobremaneira à tona. E faço uso de um "sobremaneira", haja vista que algumas pessoas tentaram me alertar a respeito. Depois de uma introspecção, tudo pareceu claro. Primeiro, Reinaldo nunca batalhou contra a esquerda, e sim fingia ser contra parte dela. Esse fator é óbvio, posto que ele é tucano, tal como vituperou as personalidades supracitadas. Não sendo de direita, claramente não havia lógica em sair da Veja.
Concluído o cenário, confrontei os hábitos comportamentais do jornalista com os do PSDB. Sendo assim, notei que ambos têm uma especificidade similar a do PT e a de tantos que, vale lembrar, Reinaldo fingia detestar. De forma covarde, o aludido assassina reputações de pessoas que vão de encontro aos interesses do PSDB. Entretanto, preciso elaborar um alerta que hoje mais parece de uma clarividência descomunal: os tucanos e o PT sempre foram unidos. Há uma aliança entre os partidos que, e é por isto que os protagonistas do PSDB fazem uma oposição entregando flor, é marcada pelo fato de eles fingirem ser rivais. O sábio doutor Enéas, e ele sim era de direita, já alertava para com o fato de há tempos.
Dado o exposto, segue abaixo um vídeo comprovando tudo que cá redigi. Reinaldo tentou, por conluio com José Serra, destruir a carreira do brilhante Marcos do Val. Volto para encerrar. Assistam:
Como dito, Reinaldo assassinou a reputação de um sujeito que desafiou interesses do PSDB. Para tanto, usufruiu a mentira, a falta de ética, o poder: tudo que o PT fez, por exemplo, para ganhar a eleição. Afinal, qual é a diferença existente entre o PT e o PSDB? Melhor, o que difere Reinaldo Azevedo, para o PSDB, de um militante petista; para o PT? Nada. Até há características diferentes em pormenores. Todavia, essencialmente é o mesmo tipo de conduta, e, como não poderia deixar de ser, peço desculpas aos que liam textos meus à época em que eu defendia, por ingenuidade, esse "jornalista". Lamentavelmente, apesar de ter sido apenas um, cheguei a elogiá-lo em meu livro.
Por fim, muito cuidado com o MBL. Os membros do grupo estão exercendo o mesmo comportamento. Logo, migrando para siglas iguais. Aliás, já chegaram a rasgar o verbo contra homens de direita. Meu ponto final: quero deixar aqui meus votos de felicidade ao senhor Marcos do Val que, extraordinariamente, voltou a ser grande em sua área e recuperou sua vida. Você é um guerreiro. Recado final: não leiam Reinaldo Azevedo! Não votem no PSDB! Chega de esquerda!
Daniel Muzitano
O problema começa porque as pessoas no Brasil, no geral, não conhecem os conceitos políticos mais básicos. Com a chegada do PT ao poder, começou a se construir um discurso de "direita" baseado na falácia de que direita e esquerda se distinguem basicamente pelo fato da primeira ser autoritária e a segunda liberal, esquecendo-se da importância dos valores como o principal diferencial da direita. Assim, passou-se a se confundir liberalismo com direita, sendo que do ponto de vista comportamental valores excessivamente liberais conspiram contra os próprios direitos de cidadania da maioria dos cidadãos, submetidos a voluntarismos de grupos dispostos a defender os interesses mais mesquinhos, em prejuízo social, como, para ficar num exemplo em evidência a legalização de drogas. Em resumo, o que a direita brasileira precisa compreender é que, embora o liberalismo econômico seja uma bandeira clássica da direita, o liberalismo comportamental é representante da esquerda, tendo como representantes máximos no país tanto o PT como o PSDB. Ou seja, não existe nenhum partido ou força política expressiva em nosso país engajada na defesa de valores efetivamente conservadores, conspirando para uma sociedade extremamente desorganizada. Se em países que chegaram um dia a se desenvolver, o ultra liberalismo trouxe consequências perversas, no caso de uma sociedade já desestruturada, é altamente destrutivo, como se pode constatar pelos distúrbios crescentes em nossa sociedade, como a violência e criminalidade galopantes.
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