domingo, 3 de maio de 2015

Jô, a vergonha


Há quem diga - e o Jô tem sido um dos principais personagens - que não há fatos para um eventual impeachment da senhora presidente da República. Pois bem, temos dois tesoureiros presos, um mensalão, um petrolão, delações na Operação Lava-Jato afirmando que a presidente sabia de tudo, candidatura ilegal da mesma tendo em vista que a sigla partidária recebeu verba do foro de São Paulo, o principal marqueteiro petista sendo investigado por lavagem de dinheiro, a análise de juristas como o conceituado Ives Gandra, que é adepto por sua vez da saída de Dilma; fora tantos outros episódios que claramente contribuem para com um notório impeachment.

Por muito menos - e revigoro o termo "menos" - o senhor Fernando Collor de Mello saiu em 1992. Isso tudo para frisar que o senhor Jô Soares - aquela múmia ínfima que entrevista celebridades na madrugada - deixou notório que acha o senador Aécio Neves uma besta pelo fato de o mesmo considerar a ideia do impeachment. O erro do tucano é justamente o contrário, portanto, recuar e se omitir diante da ideia. Se o Jô acha que não há fatos para um propínquo impeachment, eu particularmente acho que não há mais motivos para assistir ao programa dele. Em suma: "As pessoas tendem a colocar palavras onde faltam ideias", Goethe. É isso.

Daniel Muzitano

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