quinta-feira, 14 de novembro de 2019

A goleada do empate

Em qualquer escrutínio minimamente frio e racional, nota-se que o trabalho de Luxemburgo, mais do mesmo e com pouco repertório tático, é apenas compatível com o investimento do clube, de modo que, financeiramente, está sim a equipe à frente de dez times outros. A contrario sensu, jornalistas, torcedores e a própria diretoria tratam o desempenho como algo magnificente. Ah, mas ele pegou o Vasco na zona - dizem os inocentes. De fato, porque o trabalho anterior, além de não ser propício ao investimento cruzmaltino, era demasiado lânguido.
De mais a mais, o mérito do Vasco, sobretudo na noite de ontem, tem sido jogar concentrado e com uma disposição sem igual. Fiquemos por aí. A propósito do Flamengo x Vasco, foi a pior partida rubro-negra, no quesito defensivo, desde a chegada de Jesus. Todos os gols do Vasco estão atrelados a erros, coletivos ou individuais, do setor supracitado. E não me venham os falsos pudicos mencionar que foi o melhor jogo do campeonato. De parte a parte, o prélio foi caracterizado por mais erros do que acertos.
Grosso modo, vale chamar a atenção para o fato de que o Flamengo, irresponsavelmente, tem menoscabado equipes em situação ruim ou mediana, como foi contra a Chape, Csa, Goiás, Botafogo e Vasco, algo extremamente perigoso numa reta final. In terminis, mesmo sendo flamenguista, é deplorável ver um clube como o Vasco comemorando um empate, vindo aos trancos e barrancos, como se fosse um título mundial. O Vasco, vale dizer, não vence um jogo contra o Flamengo há anos, tal como uma final contra o mesmo Flamengo há décadas.
Para de fato fecharmos, fiquei acostumado, em minha infância, a ver o Vasco brigar por algo grande, e não celebrando campanhas medianas e um empate transcendental. No mais, a arbitragem foi boa e os destaques de ontem foram Yago Pikachu, que fez uma luzente jogada no segundo gol, e o Bruno Henrique, decerto o melhor jogador do país hoje. Fim.
Daniel Muzitano

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