Para logo, decerto é consentâneo ressaltar que houve desde o início da era Crivella, inclusive no período pré-eleitoral, uma perseguição infindável por parte da Globo, com seu comportamento diria até prepóstero, em vista de que o atual prefeito, à época candidato, além de não ser um caudatário do carnaval, bem é uma espécie de representante da Record, pelo menos aos olhos da Rede Globo; o que, recordemos, fez dele capa da Veja uma semana antes do segundo turno das eleições.
A bem dos fatos, a impopularidade de Crivella vai muito ao encontro dessa perseguição, pois incute inclusive pessoas que evitam falar de política, mas que consomem Globo News ou similitudes pútridas. Ipsis litteris, Crivella é sim um péssimo gestor, tal como um inábil comunicador. Aliás, o carioca -sendo ele opositor ou não - possui muita dificuldade para citar o que Crivella fez em seu mandato, a saber, tão-somente por esse senão na comunicação.
Demais disso, vejo exageros muitos na cobrança, uma vez que Crivella foi muito mais negligente, a saber, do que propriamente incompetente. Em suma, não teve a capacidade de destruir ainda mais a pocilga que é o Rio, coisa que o Freixo faria, e terminará seus 4 anos entregando a cidade do mesmo modo, id est, cheia de dívidas, de insegurança e demasiado depauperada culturalmente.
Por fim, se por um lado é ele pouco arguto enquanto gestor, ainda possui uma lábia política inteligente. Ao falar para a Globo, tentou surfar na popularidade do presidente da República, tal como usou da falta de credibilidade da Globo para diminuir sua impopularidade, reduzindo a emissora à indecência carnavalesca, diga-se, cativando parte do público que até ontem vinha tecendo a ele vituperações várias. In verbis, se hoje seus fiéis não estão tão fiéis, um Freixo como oposição, a perseguição da Globo ou a burrice do carioca pode sim dar a Crivella uma reeleição. No Rio, até o inviável é viável, pois somos a imunda e paupérrima capital do funk. Até.
Daniel Muzitano
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