sexta-feira, 29 de setembro de 2017

As funções da etimologia na alfabetização

Todo tema advém possivelmente de um problema. No caso-- uma ausência descomunal da etimologia na alfabetização. A fundamentação desse estudo talvez elimine estorvos de toda ordem, de forma que facilitaria o aprendizado das crianças na grafia, na pronúncia, na memória visual, no processo de acentuação, na criação, no enriquecimento vocabular e, em especial, haveria um contato natural e um provável estímulo para que a criança tome gosto por outras línguas.
Quanto à grafia, na maioria das palavras – por mais que o verbete ganhe outro sentido - a raiz permanece. Ou seja, o docente teria mais argumentos para explicar, por exemplo, por que motivo um vocábulo é redigido com Ch e não com X. Já a pronúncia, seria interpretada num aspecto simples, pois o aluno teria ciência sobre que sons compuseram a história da palavra até o formato atual. Com o advento da internet, a memória visual atualmente é falida posto que o estudante, principalmente nas redes sociais, tem contato com a forma errada da palavra. E mais, o ensino porfia no método da “decoreba” e outras formas pífias. Assim sendo, a memória visual – na forma etimológica – seria aprendida porquanto haveria uma história; lição, logo, facilmente memorizada e amestrada.
O processo de acentuação apresenta controvérsias. Para tanto, é irrefragável o estudo de transformações das quais a palavra passou até chegarmos ao formato atual. Isso realizar-se-á apenas com a etimologia trazendo consigo a história do vocábulo e suas formas hoje extintas. Ainda que a educação um dia esteja aberta a inserir a etimologia, talvez seja improvável que tenhamos explicação para todas as palavras. Contudo, daí poderia aflorar a criação e/ou a imaginação da criança. Portanto, a partir da história. Dado o exposto, evidentemente o enriquecimento vocabular seria o resultado desse vasto processo com o somatório de que há ainda palavras relacionadas no decorrer das questões etimológicas.
Por fim, e sendo as línguas cultas um elo evidente de tantos idiomas, haveria maior probabilidade de formarmos jovens interessados no aprendizado de outras línguas. Em suma, a tese defende como essência a importância da etimologia na formação do aluno. Além disso, visa ao fato de não tão-somente a alfabetização. O estudo demonstraria que é de similar importância haver etimologia ao longo de toda a vida acadêmica e, claro, em todas as disciplinas. A abordagem enxerga e pretende que o professor conclua que é primordial aprofundar tal matéria com a finalidade de que o ensino seja mais profícuo e, que de uma vez por todas, eliminando os deploráveis altos índices de analfabetismo.  

Daniel Muzitano 

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