Todo
tema advém possivelmente de um problema. No caso-- uma ausência descomunal da
etimologia na alfabetização. A fundamentação desse estudo talvez elimine estorvos
de toda ordem, de forma que facilitaria o aprendizado das crianças na grafia,
na pronúncia, na memória visual, no processo de acentuação, na criação, no
enriquecimento vocabular e, em especial, haveria um contato natural e um
provável estímulo para que a criança tome gosto por outras línguas.
Quanto
à grafia, na maioria das palavras – por mais que o verbete ganhe outro sentido
- a raiz permanece. Ou seja, o docente teria mais argumentos para explicar, por
exemplo, por que motivo um vocábulo é redigido com Ch e não com X. Já a
pronúncia, seria interpretada num aspecto simples, pois o aluno teria ciência
sobre que sons compuseram a história da palavra até o formato atual. Com o
advento da internet, a memória visual atualmente é falida posto que o estudante,
principalmente nas redes sociais, tem contato com a forma errada da palavra. E
mais, o ensino porfia no método da “decoreba” e outras formas pífias. Assim
sendo, a memória visual – na forma etimológica – seria aprendida porquanto
haveria uma história; lição, logo, facilmente memorizada e amestrada.
O
processo de acentuação apresenta controvérsias. Para tanto, é irrefragável o
estudo de transformações das quais a palavra passou até chegarmos ao formato
atual. Isso realizar-se-á apenas com a etimologia trazendo consigo a história
do vocábulo e suas formas hoje extintas. Ainda que a educação um dia esteja
aberta a inserir a etimologia, talvez seja improvável que tenhamos explicação
para todas as palavras. Contudo, daí poderia aflorar a criação e/ou a imaginação
da criança. Portanto, a partir da história. Dado o exposto, evidentemente o
enriquecimento vocabular seria o resultado desse vasto processo com o somatório
de que há ainda palavras relacionadas no decorrer das questões etimológicas.
Por
fim, e sendo as línguas cultas um elo evidente de tantos idiomas, haveria maior
probabilidade de formarmos jovens interessados no aprendizado de outras
línguas. Em suma, a tese defende como essência a importância da etimologia na
formação do aluno. Além disso, visa ao fato de não tão-somente a alfabetização.
O estudo demonstraria que é de similar importância haver etimologia ao longo de
toda a vida acadêmica e, claro, em todas as disciplinas. A abordagem enxerga e
pretende que o professor conclua que é primordial aprofundar tal matéria com a
finalidade de que o ensino seja mais profícuo e, que de uma vez por todas,
eliminando os deploráveis altos índices de analfabetismo.
Daniel Muzitano
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