No meu memento atinente ao jogo envolvendo Brasil e Argentina, a ver, Daniel Alves, seguido de Messi, foi indubitavelmente o melhor em campo, tanto pela pré-assistência e pela entrega, tal como pela autoridade que obteve ao chamar a partida para si. Entretanto, tirante um pouco esse duelo, o más-más sul-americano é nítido, de maneira que afirmo que, seguindo assim, nem uma seleção sul-americana ganhará mais nada, senão torneios propriamente sul-americanos.
Pari passu, nossa intempérie está no fato de acharmos que só raça e técnica são elementos suficientes, haja vista que estamos num atraso tático infindável. Na melhor atuação do Brasil, nada de excepcional, eis que a equipe finalizou apenas quatro vezes, foi de novo um time sem repertório ofensivo e mais uma vez refém deste ou daqueloutro brilho individual. A Argentina, um pouco mais desorganizada do que o Brasil, perdeu por incompetência nas finalizações, diga-se, catorze ao todo; número, a ver, além do triplo do Brasil.
Em outros termos, ganhar hoje de qualquer seleção sul-americana, em vista do atraso tático em comparação às potências europeias, não significa nada. In terminis, assim como em momentos recentes, estamos nos iludindo mais uma vez, conquanto tenhamos sido eliminados nos últimos mundiais para França, Holanda, Alemanha e Bélgica, id est, quatro escolas e escalões diferentes. Será que isso não quer dizer nada? E olha que nem frisei sobre a ausência de treinadores brasileiros nos grandes ou mesmo médios clubes europeus. Comemorar vitórias é importante. Iludir-se, não. Ponto.
Daniel Muzitano
Nenhum comentário:
Postar um comentário