Embora haja certa laúza acerca das palavras autópsia e necrópsia, ambas podendo ser grafadas outrossim sem acento, tais designam exatamente o mesmo sentido, isto é, o de examinar um cadáver. Ademais, e à guisa de esclarecimento, necrópsia vem decerto do universo grego. Com isso, nekrós seria cadáver. Ópsis, vista ou olhar. Para com autópsia, há também a expressão ópsis, embora auto- compreenda a noção de si mesmo, próprio e derivados.
A propósito de autópsia, até hoje dicionários de toda sorte auspiciam como significado o exame atento de si mesmo. Desta feita, por que motivo o vocábulo aludido passou a ser utilizado como um sinônimo fidedigno de necrópsia, haja vista não serem tais originalmente iguais? Em sua brilhante coluna na CBN, o professor Pasquale trabalhou essa questão, sem explicar esse pormenor; entretanto. Grosso modo, esse tipo de interrogação só pode ser desvendado por aqueles que estudam etimologia, ainda que o professor seja uma referência; caso, esse, de Pasquale.
Sem mais delongas, o homem concluiu que ao examinar o corpo de um cadáver, a entender, consegue ele examinar a si mesmo, ou seja, daí serem hoje em dia palavras com o mesmo raciocínio. Apesar de alguns terem dúvida de que foi ele o autor da frase, Sócrates dissera em dado momento: "Conhece-te a ti mesmo". É mais ou menos por aí. Para que não haja falha mnemônica: o grego autopsía é a origem de autópsia.
Por fim, quero aclarar que o intuito desse texto não é o de menoscabar professores que não dominam a etimologia, e sim ressaltar sua importância enquanto método de ensino. No mais, amuo em dizer que ouço o Pasquale de segunda a sexta, bem como tenho livros do autor, e, principalmente, reconheço sua relevância e sua contribuição irreprochável para a nossa língua. A despeito disso, fica mais do que comprovada a necessidade de levarmos a sério a etimologia. Um grande abraço a todos. E é isso.
A propósito de autópsia, até hoje dicionários de toda sorte auspiciam como significado o exame atento de si mesmo. Desta feita, por que motivo o vocábulo aludido passou a ser utilizado como um sinônimo fidedigno de necrópsia, haja vista não serem tais originalmente iguais? Em sua brilhante coluna na CBN, o professor Pasquale trabalhou essa questão, sem explicar esse pormenor; entretanto. Grosso modo, esse tipo de interrogação só pode ser desvendado por aqueles que estudam etimologia, ainda que o professor seja uma referência; caso, esse, de Pasquale.
Sem mais delongas, o homem concluiu que ao examinar o corpo de um cadáver, a entender, consegue ele examinar a si mesmo, ou seja, daí serem hoje em dia palavras com o mesmo raciocínio. Apesar de alguns terem dúvida de que foi ele o autor da frase, Sócrates dissera em dado momento: "Conhece-te a ti mesmo". É mais ou menos por aí. Para que não haja falha mnemônica: o grego autopsía é a origem de autópsia.
Por fim, quero aclarar que o intuito desse texto não é o de menoscabar professores que não dominam a etimologia, e sim ressaltar sua importância enquanto método de ensino. No mais, amuo em dizer que ouço o Pasquale de segunda a sexta, bem como tenho livros do autor, e, principalmente, reconheço sua relevância e sua contribuição irreprochável para a nossa língua. A despeito disso, fica mais do que comprovada a necessidade de levarmos a sério a etimologia. Um grande abraço a todos. E é isso.
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