domingo, 11 de setembro de 2016

"PARALÍMPICO" e "PARALIMPÍADA" não existem.

Malgrado muitos porfiam em enunciar "Paralímpico", mas jazo cá com o bom e velho "Paraolímpico" uma vez que é pueril e nocivo à gramática tal substituição. A palavra "Olimpíada" surgiu de "Olímpia", região grega cujos jogos lá eram realizados em 776 AC. À época houvera a questão dos deuses olimpos etc. Com a justificativa de padronizar o vocábulo, pois bem, o comitê paraolímpico resolveu tirar o "O" de modo a enaltecer a forma estadunidense "Paralympic", e, bem como uniformizar também o termo pelo fato de os outros países que falam português também preferirem a extirpação do "O".
Presente em Olimpo, Olímpia e "Olimpíada", pasmem, não há nexo na exclusão do "O". Não está satisfeito? Vamos lá. Dentre tantos sentidos, o "PARA" - existente em PARAOLIMPÍADA - significa "Apto a" ou "Com o intuito de". Ou seja, "Paraolímpico" ou "Paraolimpíada" tem por lógica "APTO A OLIMPÍADAS"(mesmo havendo deficiência por parte dos atletas) e/ou "COM O INTUITO DE OLIMPÍADAS"(com a mesma importância dos jogos olímpicos de atletas sem deficiência). Assim sendo, se tirarmos o "O" teríamos "APTO A LIMPÍADAS". E a palavra em questão não existe. Por fim, etimologicamente e coerentemente quem adota essa mudança é, no mínimo, um idiota. Entenderam? Mas o comitê mudou. Foda-se ele. A mudança é resultado do uso natural. Para tanto, pois bem, uma imposição de um comitê deve ser menosprezada. Seguirei com "PARAOLÍMPICO" e "PARAOLIMPÍADA". Boa noite.

Daniel Muzitano

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