Malgrado a maioria oposta, herói, consoante Nelson Rodrigues, é o sujeito outro que tem a capacidade de escrever, diga-se, com o mínimo de autenticidade. Tirante um ou outro nome, há uma covardia vernácula Brasil afora nesse sentido. Esta semana, proveniente de minha célebre amada Patricia Cortes, vi pessoas várias elogiando a "obra" do inútil Caetano; aquele, a ver, que gostava, quando com seus 40 anos, de uma menininha de 13.
Alcunhado de poeta por uma súcia de ineptos, Caetano, para início de conversa, sob a forma da máfia do dendê, cassou jornalistas que criticavam seu trabalho, que por seu turno enaltece um gosto excêntrico por um leãozinho, embora alguns dizem ter isso certa riqueza poética. Outro ora, me não lembro de ter lido tamanha estupidez, a ver, resultante de seus fãs.
Demais disso, é ele pai da uniformização de pensamento cultural, a citar, na burra Tropicália, que, bem como a Semana de 22, queria propiciar algo original a um suposto Brasil novo, ainda que tenha buscado como influências Hendrix e Beatles. Pari passu, também ele transformou a MPB numa sigla ideológica, assim como a Lei Rouanet num sistema ditatorial sem igual. Não à toa, desde 2002, época em que Gil foi ministro, nem um artista sequer teceu um comentário oposto à ideologia caetânica.
In terminis, dados todos esses fatos, sinto repulsa extrema por esses babacas, sim, babacas comuns, que saem por aí, independentemente da posição ideológica, formulando elogios a uma figura abjeta, limitada e que nunca será influência cultural àqueles com mais de dois neurônios. Lembram do Nelson? Tenho autenticidade, e, por isso, sinto-me com' herói, com o perdão do alto nível. Aos fãs da múmia: burrice com arrogância até a Anitta tem. Ah, a música mais famosa de Caetano, Sozinho, uma belíssima letra por sinal, não é do Caetano. Um abraço.
Daniel Muzitano
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